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Galaxy A52 e A72: vazam preços dos novos intermediários da Samsung

Felipe Junqueira
·3 minuto de leitura

A Samsung vai apresentar — muito provavelmente — o Galaxy A52 e o Galaxy A72 na próxima quarta-feira (17). Mas vai sobrar pouca coisa para ser de fato revelada no dia, já que até os preços dos aparelhos já vazou na internet.

O site MySmartPrice conseguiu acesso ao que devem ser os preços de todas as variantes dos dois modelos na Índia. O Galaxy A52 4G vai partir de 26.499 rúpias indianas (cerca de R$ 2.030) na variante de 6/128 GB de memória. A outra versão, de 8/128 GB, custará 27.999 rúpias indianas (aproximadamente R$ 2.140), ou seja, cerca de R$ 100 a mais por 2 GB de memória RAM extras, considerando a cotação atual.

Já o Galaxy A72 parte de 34.999 rúpias indianas (R$ 2.680) com 8/128 GB, ou 37.999 rúpias indianas (R$ 2.910) com o dobro do armazenamento. O mercado indiano também deve receber apenas a variante 4G do modelo maior, segundo a publicação.

E no Brasil?

As variantes do Galaxy A52 4G na Índia terão referência de modelo SM-A525FG e SM-A525FH, segundo o MySmartPrice. Nenhuma dessas variantes está registrada na Anatel até o momento, o que indica que o Brasil deve receber outra versão do dispositivo. Há aparentemente dois modelos do A52 em homologação na agência brasileira: SM-A525M/DS e SM-A526B/DS, sendo o primeiro uma variante 4G e o segundo, 5G.

O Galaxy A72 também já aparece no sistema da Anatel, com a referência de modelo SM-A725M/DS, possivelmente o modelo 4G. Não há informações da variante indiana neste momento.

Galaxy A52 5G: três variantes

Galaxy A52 5G em listagem do Bluetooth SIG (Imagem: Reprodução/91Mobiles)
Galaxy A52 5G em listagem do Bluetooth SIG (Imagem: Reprodução/91Mobiles)

O Bluetooth SIG listou três modelos do Galaxy A52 5G, curiosamente todas diferentes da que está presente na Anatel. O órgão responsável por verificar os padrões da conexão sem fio entre dispositivos registrou as variantes SM-A526U, SM-A526U1 e SM-526W do aparelho da Samsung, de acordo com o site 91Mobiles.

Galaxy A52: o que esperar

Cada variante deve ter um conjunto de especificações diferentes, com algumas pequenas semelhanças. A principal mudança está no processamento: enquanto o modelo 4G vem equipado com um Snapdragon 720G, a variante 5G adota o Snapdragon 750G. Na tela, que tem 6,5 polegadas, leitor de digitais embutido e tecnologia Super AMOLED em ambos, se limita a 90 Hz no A52 4G, ao passo que atinge os 120 Hz no A52 5G.

No mais, temos características semelhantes que incluem 6 GB ou 8 GB de memória RAM, 128 GB ou 256 GB de armazenamento, câmera traseira quádrupla com sensor principal de 64 MP, lente de selfies de 32 MP, bateria de 4.500 mAh com suporte a carregamento rápido de até 25W e certificação IP67 de resistência à água e poeira. O aparelho deve sair de fábrica com o Android 11 e com a One UI 3.1 instalada.

O que se sabe do Galaxy A72?

Diferente de seu antecessor, que entregava hardware superior ao Galaxy A51, o Galaxy A72 deve acabar sendo apenas uma versão avantajada do Galaxy A52. Os rumores apontam que o aparelho também deve chegar em variantes 4G e 5G trazendo basicamente as mesmas especificações do irmão menor, com exceção da tela e da bateria, que aumentam para 6,7 polegadas e 5.000 mAh, respectivamente.

Fonte: Canaltech

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Noemí Taboada é a protagonista de "Gótico Mexicano", romance de terror de Silvia Moreno-Garcia ambientado no México dos anos 1950, época em que mulheres não tinham direito ao voto. O livro foi publicado há pouco no Brasil pela DarkSide Books depois figurar na lista dos mais vendidos do New York Times por nove semanas no ano passado. Neste ano, foi indicado aos prêmios Nebula e Bram Stoker, os principais de fantasia e terror. "A ficção gótica frequentemente tem a figura do outro como o elemento perigoso, representando diferenças raciais e o rompimento com os valores protestantes da classe alta e branca", conta Moreno-Garcia, mexicana de 39 anos radicada em Vancouver. "Meu livro inverte isso, porque a força invasiva é a dos britânicos brancos de classe alta, e não a dos mexicanos." Esse é um dos motivos por que o romance da autora --o sexto de sua carreira-- empolgou crítica e público no ano passado. A tradição da literatura gótica é encabeçada por nomes surgidos no século 19, como Emily Brontë, autora de "O Morro dos Ventos Uivantes", e Charlotte Brontë, de "Jane Eyre", na vertente romântica, e Bram Stoker, de "Drácula", e Mary Shelley, de "Frankenstein", na vertente do terror. Nos anos 1960, Jean Rhys despontou com "Vasto Mar de Sargaços", considerado uma resposta feminista e pós-colonial a "Jane Eyre". "Gótico Mexicano" dialoga com essas linhagens e amplia o gênero ao o cruzar com a cultura mexicana. "Não cabe a mim dizer qual é a minha contribuição com o gênero. É melhor que isso fique a cargo de estudiosos e leitores", diz a autora. Moreno-Garcia diz ter brincado com as expectativas que temos a respeito de seu país de origem ao tratar da influência colonial no México --o enredo se inspira em Real del Monte, uma cidade nas montanhas onde, no século 19, mineiros britânicos foram explorar a prata local depois de os espanhóis deixarem o país latino-americano. Pouca gente sabe desse episódio da história mexicana, diz. "O livro também subverte o que as pessoas entendem como 'mexicano'. Eu me lembro de já ter conversado com alguém que me disse acreditar que o México é todo só deserto e sem chuva, mas obviamente, nós temos regiões e climas diferentes, além de uma história complexa com o colonialismo." Em "Gótico Mexicano", o embate entre o moderno e o antigo é representado pela cativante protagonista Noemí, uma jovem socialite e estudante de antropologia que usa a própria inteligência para lidar com os problemas que aparecem no decorrer da história. A personagem faz contraponto a um senso comum que a autora critica --o de que histórias mexicanas se restringem ao realismo fantástico ou ao sofrimento de imigrantes. Há um quê de autobiográfico nisso. A própria Moreno-Garcia, que também escreve e edita ficção científica e fantasia, já se viu em situações em que teve seu trabalho subjugado por causa de estereótipos. "Passei por percalços bizarros. 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