Fundo LarrainVial atrai fluxos para AL com alta de commodities
- Opa!Algo deu errado.Tente novamente mais tarde.
- BBDC4F.SA
(Bloomberg) -- Nem os gestores do fundo LarrainVial Latin American Equity esperavam tanta entrada de dinheiro de investidores que procuram ganhar com o rali das commodities e os lucros crescentes dos bancos.
O fundo com sede em Luxemburgo criado em 2018 atingiu US$ 833 milhões em ativos sob gestão, contra US$ 84 milhões em abril de 2020, o que o torna o segundo maior fundo de ações da região depois do BlackRock Latin America Fund, segundo dados compilados pela Bloomberg. Ele deixará de receber dinheiro novo se e quando atingir US$ 1,5 bilhão.
Após uma década em que ações de tecnologia e startups atraíram os investidores, setores “chatos” estão em voga de novo em meio a taxas de juros crescentes e preços mais altos de cobre, ferro e petróleo, disse Yosy Banach, gestor de recursos da LarrainVial em Santiago. Em abril, as principais participações do fundo eram Petrobras, Vale, Itaú e Bradesco.
“A América Latina teve uma década de retornos ruins e achamos que os retornos iriam melhorar”, disse Banach.
No mês passado, o fundo superou 97% dos pares com um aumento de 5,4%, elevando seu ganho até agora este ano para 9,2%, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os fluxos geralmente seguem o desempenho, e Banach e sua colega Camila Guzman estão confiantes que “este cenário vai persistir”. Os ativos também aumentaram porque a LarrainVial procura atrair mais investidores de longo prazo, principalmente da Europa, disse Banach.
Por enquanto, porém, as ações latino-americanas permanecem muito atrás do pico do último boom de commodities no início de 2008, pouco antes da crise financeira. À medida que a economia dos EUA ameaça entrar em recessão, há poucas perspectivas de que esse período de crescimento fácil retorne à América Latina.
Um fator que jogou a favor da América Latina é que os investidores começaram a diferenciar os investimentos na região de alocações em fundos de mercados emergentes globais, disse Guzman, co-gestora do portfólio.
“Antes, as pessoas não olhavam para a América Latina. Era tudo China e Leste Europeu”, disse. “Mas vimos o que aconteceu com as ações de tecnologia na China e agora a guerra na Europa, então agora há uma oportunidade na América Latina.”
More stories like this are available on bloomberg.com
©2022 Bloomberg L.P.