Funcionários de principais atrações turísticas de Londres entram em greve
Exatos sete meses após se tornar líder do partido conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak se prepara para enfrentar uma nova onda de greves. Desde que assumiu o posto, não houve mês sem paralisações em segmentos-chave da economia. Nesta quinta-feira (25), funcionários das principais atrações turísticas de Londres cruzam os braços.
Vivian Oswald, correspondente da RFI em Londres
A greve deve afetar cartões-postais da cidade como a Tower Bridge ou o British Museum, um dos mais visitados do país. A cidade está lotada de turistas no período de férias, que promete ser o mais movimentado desde antes da pandemia. O turismo é um setor importante da economia britânica e chega a representar 9% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Só em Londres, gera uma receita de 36 bilhões de libras (R$ 220 bilhões) por ano e mantém 700 mil postos de trabalho.
Isso é ainda mais complicado neste momento em que a economia britânica precisa de uma injeção de ânimo. A previsão é de que o crescimento não passe de 0,25% este ano, o pior desempenho da Europa.
Ainda não se sabe ao certo quais pontos serão fechados por falta de pessoal. Jornais britânicos dizem que o Centro Cultural Barbican, por exemplo, não terá como abrir.
É surpreendente o número de anúncios de planos de saúde privada pelo país, algo novo e até bem pouco tempo atrás impensável para uma nação que trata o NHS como uma das suas instituições mais importantes.
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