Festival de Cannes: “Monster” de Kore-eda critica a sociedade japonesa pelo olhar de garotos

REUTERS - ERIC GAILLARD

O último longa-metragem do cineasta japonês estreou nessa quarta-feira (17) na competição pela Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes. O drama conta a história de Minato, um pré-adolescente, órfão de pai, que começa a ter problemas de comportamento. O filme tem várias partes, revelando diferentes pontos de vistas dos personagens, que aprofundam e enriquecem a narrativa.

O cineasta, premiado com a Palma de Ouro por “Assunto de Família”, continua com “Monster” suas crônicas realistas da sociedade japonesa. A primeira imagem do longa é o incêndio de um prédio, que mobiliza bombeiros e moradores. O incêndio vai voltar várias vezes assim como um tufão que ameaça a cidade. O início da narrativa instala um clima de suspense, e coisas cada vez mais bizarras e inexplicáveis acontecem.

A mãe de Minato superprotege o filho, que educa sozinha desde a morte do marido. Diante do comportamento cada dia mais esquisito do garoto, ela procura a escola. Um professor é apontado como responsável, mas a escola propõe como única solução desculpas. A mãe se depara com um sistema rígido que a deixa perplexa e desamparada.

“Sopre o que você não pode contar”

A segunda parte revela um outro ponto de vista dos mesmos acontecimentos, que contradiz o primeiro. Ele é narrado pelo professor que é muito mais atencioso e sútil do que mostrado anteriormente.

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