Faltam evidências para reforço contra covid em crianças e adolescentes, diz OMS
Por causa da queda da imunidade e da nova onda da pandemia, inúmeros países ampliam a aplicação de doses de reforços para conter a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que faltam evidências que justifiquem a terceira dose contra a covid-19 em crianças e adolescentes. No futuro, esse entendimento pode ser outro.
Em entrevista coletiva na terça-feira (18), a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, afirmou: "Não há nenhuma evidência agora de que crianças saudáveis ou adolescentes saudáveis precisam de reforços. Nenhuma evidência".
Durante sua fala, Swaminathan concordou que parece haver algum declínio na imunidade da vacina ao longo do tempo contra a Ômicron — a variante mais transmissível já descoberta desde o início da pandemia. Só que mais pesquisas devem ser feitas para determinar quem realmente precisa de doses de reforço.
No mundo, Israel, Alemanha, Hungria e Estados Unidos já oferecem doses de reforço para todos os adolescentes com mais de 12 anos.
Discussões sobre reforço da vacina
Para discutir a questão da terceira dose, Swaminathan afirmou que um grupo de especialistas da OMS deve se reunir no final desta semana. O tema do encontro será como países devem definir a necessidade de reforços contra a covid-19 para suas populações.
"O objetivo é proteger os mais vulneráveis, proteger aqueles com maior risco de doenças graves e morte. Essas são nossas populações idosas, pessoas imunocomprometidas com condições subjacentes, mas também profissionais de saúde", completou a pesquisadora.
Atualmente, 60,2% da população global já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, segundo dados da plataforma Our World in Data. Quando é feito o recorte de renda, a porcentagem cai de forma significativa. Apenas 9,4% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose.
Fonte: Canaltech
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