Facebook bloqueia posts sobre pílulas abortivas; entenda
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(REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)
Facebook restringe posts de usuários que podem fornecer pílulas abortivas;
Segundo a Meta, publicações violam os Padrões de Comunidade da rede social;
Não está claro se o bloqueio tem a ver com as decisões da Suprema Corte dos EUA.
O Facebook começou a restringir posts de usuários que afirmam poder enviar pílulas abortivas para quem precisar. Segundo o site Motherboard, uma informante foi notificada ao fazer tal publicação, posteriormente removida. Ao insistir na postagem, a conta foi bloqueada.
O caso aconteceu nos Estados Unidos, onde o direito ao aborto era garantido em todo o país. Na última sexta-feira (24), isso mudou após a Suprema Corte reverter a lei, fazendo com que cada estado defina se mantém ou não o acesso ao procedimento. Ainda é possível obter pílulas abortivas com grupos internacionais, como o Aid Acess.
Não está claro, porém, se a decisão do Facebook tem algo a ver com as revisões norte-americanas. Segundo a Meta, a publicação viola os Padrões de Comunidade do site, uma vez que não permite que usuários comprem, vendam ou troquem produtos como tabaco, maconha e drogas recreativas.
O Motherboard tentou fazer uma publicação igual a de sua informante e obteve o mesmo resultado. Contudo, ao testar se a explicação da empresa sobre a violação realmente valia, postou que estaria vendendo cigarros a pronta entrega, e fez o mesmo com antidepressivos e analgésicos. Nenhum dos posts foi marcado como violação das regras do site, mesmo sendo explícitos.
Meta proíbe discussões sobre aborto
Apesar do assunto estar em alta nos Estados Unidos, a Meta proibiu os funcionários de discutirem temas relacionados ao aborto dentro das plataformas de comunicação interna da empresa devido ao “risco de criar um ambiente de trabalho hostil”, segundo o New York Times. Algumas mensagens trocadas nas plataformas internas já foram apagadas.
Ainda assim, a Meta é uma das empresas que apoiarão financeiramente funcionárias que precisem se deslocar para estados que permitam a interrupção da gravidez com segurança, oferecendo “reembolsos de despesas de viagem, na medida permitida por lei, para funcionários que precisarão deles para acessar serviços de saúde e reprodutivos de fora do estado”, disse o porta-voz da Meta, Andy Stone, por e-mail ao site da NBC.
Outras empresas, como Warner Bros, BuzzFeed, Amazon, Snap, Starbucks, Tesla, Netflix, Airbnb, entre outras, também anunciaram apoio às funcionárias que desejarem interromper a gravidez.