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Exoplanetas parecidos com a Terra podem ser encontrados com a ajuda de oceanos

Futuramente, as assinaturas do reflexo da luz solar em oceanos podem ajudar na identificação de exoplanetas cobertos por grandes massas d'ĂĄgua. É o que propĂ”e um estudo conduzido por pesquisadores do Netherlands Meteorological Institute e Delft University of Technology, que examinaram as assinaturas de luz refletidas pelos oceanos da Terra e exploraram o fluxo e polarização delas.

Hoje, hĂĄ estimativas cientĂ­ficas que mostram que atĂ© 25% dos exoplanetas conhecidos tĂȘm oceanos, mas grande parte desta ĂĄgua pode estar abaixo de sua superfĂ­cie. No Sistema Solar, por exemplo, somente a Terra tem oceanos na superfĂ­cie, embora vĂĄrias luas da nossa vizinhança tenham oceanos abaixo dela. É possĂ­vel que isso tambĂ©m aconteça com planetas anĂ”es.

Parte dos milhares de exoplanetas jå descobertos deve ter oceanos (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Parte dos milhares de exoplanetas jå descobertos deve ter oceanos (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Por enquanto, nĂŁo estamos prĂłximos de detectar oceanos na subsuperfĂ­cie de exoluas (satĂ©lites naturais dos exoplanetas), mas a boa notĂ­cia Ă© que, conforme a tecnologia avança, pode ser possĂ­vel identificar oceanos em mundos parecidos com a Terra. “SimulaçÔes numĂ©ricas da luz estelar refletida por exoplanetas semelhantes Ă  Terra preveem assinaturas de habitabilidade, que podem ser procuradas por futuros telescĂłpios”, escreveram os autores.

Eles notam que observaçÔes de oceanos de ĂĄgua lĂ­quida seriam possĂ­veis somente atravĂ©s da detecção direta da luz da estrela, refletida pelo planeta. EntĂŁo, para o estudo, eles modelaram duas Terras: uma seria um planeta seco, e a outra, Ășmido, com nuvens e atmosfera. Depois, eles simularam como a luz seria refletida por esses mundos em diferentes condiçÔes.

Durante as simulaçÔes numĂ©ricas, eles computaram trĂȘs diferentes parĂąmetros e modelaram os oceanos considerando que sĂŁo superfĂ­cies refletoras de Fresnel (quando a luz refletida estĂĄ no mesmo plano que a incidente), com ondas, espuma e sombras das ondas, sendo que estes elementos estĂŁo presentes sobre a ĂĄgua. No fim, a equipe descobriu que somente os oceanos conseguem diminuir a polarização da luz de algumas formas.

Comparação do grau de polarização da luz de uma estrela, refletida por planetas secos e sem nuvens, e por mundos com oceanos também sem nuvens (Imagem: Reprodução/Trees and Stam, 2022)
Comparação do grau de polarização da luz de uma estrela, refletida por planetas secos e sem nuvens, e por mundos com oceanos também sem nuvens (Imagem: Reprodução/Trees and Stam, 2022)

A medida da polarização da luz nos oceanos Ă© importante, porque a luz estelar, sozinha, nĂŁo deveria ser polarizada. AlĂ©m disso, embora os sinais luminosos sejam degradados de acordo com a distĂąncia, esta nĂŁo afeta a polarização. “Os telescĂłpios atuais em solo e no espaço nĂŁo conseguem medir a luz polarizada refletida por exoplanetas semelhantes Ă  Terra”, destacaram os autores.

Isso poderå mudar com telescópios futuros, como o European Extremely Large Telescope (E-ELT) e Large Ultraviolet Optical Infrared Surveyor (LUVOIR), do Observatório Europeu do Sul e NASA, respectivamente. Ambos conseguirão coletar medidas da luz polarizada: o E-ELT deverå iniciar suas operaçÔes em 2027, e poderå detectar a luz estelar refletida pelos oceanos dos exoplanetas. Assim, se as simulaçÔes dos autores estiverem corretas, a detecção de oceanos em outros mundos poderå não estar muito distante de acontecer.

O artigo com os resultados do estudo foi aceito para publicação na revista Astronomy and Astrophysics, e pode ser acessado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: Canaltech

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