Ex-premiê paquistanês é libertado após violentos protestos no país

AP - Muhammad Sajjad

O ex-primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, foi libertado sob fiança nesta sexta-feira (12), após uma detenção que provocou protestos violentos de seus apoiadores e foi considerada ilegal, nesta quinta-feira (11).

O ex-chefe de governo foi preso com base em um caso de corrupção na terça-feira (9), ao comparecer a um tribunal na capital, Islamabad. Mas, na quinta-feira, o principal tribunal do país decidiu que sua detenção foi ilegal e que todo o processo deveria ser revisto.

"O tribunal concedeu fiança a Imran Khan por um período de duas semanas e ordenou às autoridades que não o detivessem", disse Khawaja Harris, um de seus advogados.

No entanto, o caso está longe de ser encerrado. O ministro do Interior, Rana Sanaullah, prometeu pedir novamente a prisão de Imran Khan, atualmente envolvido em uma série de processos judiciais desde que deixou o poder, em abril de 2022.

As eleições gerais estão marcadas para outubro, e o ex-astro de críquete, ainda muito popular no país, acusa o atual governo de coalizão e o exército de querer impedir seu retorno ao poder.

O ex-chefe de governo, de 70 anos, também afirmou que um oficial de alto escalão estava envolvido em uma conspiração para assassiná-lo em novembro passado, o que não agradou o exército, um dos principais atores políticos do país.

Dois dias de caos

O governo enviou o exército para lidar com os protestos e pelo menos nove pessoas morreram nos confrontos, de acordo com fontes policiais e de saúde.

(Com informações da AFP)


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