Ex-funcionário da Tesla recusa indenização de R$ 77 milhões
(Getty Images)
Ex-funcionário da Tesla recusa indenização de R$ 77 milhões;
Owen Diaz processa a montadora por racismo e cobra pagamento de R$ 703 milhões;
Caso é apenas um entre os vários polêmicos que a montadora enfrenta.
Um ex-funcionário da Tesla, que acusou a empresa de abuso racial, rejeitou a indenização de US$ 15 milhões (R$ 77 milhões) definida pela Justiça. Segundo a equipe de advocacia de Owen Diaz, que atuava como operador de elevador na montadora de Elon Musk, a quantia é insuficiente.
Segundo o Business Insider, os advogados alegam que a recusa é uma forma de fazer com que os juízes reavaliem o caso e façam com que a Tesla forneça “uma compensação justa pela torrente de insultos racistas dirigidos a ele [Owen]". O valor inicialmente pedido por Diaz era de US$ 137 milhões (R$ 703 milhões).
Em contrapartida, a Tesla alega que a indenização deveria ser de apenas US$ 600 mil (R$ 3 milhões) e chegou a entrar com uma moção para que um novo julgamento fosse feito. Entretanto, o juiz recusou o pedido, contanto que Diaz aceite o pagamento fixado.
O processo foi iniciado em outubro de 2021 e, em abril deste ano, uma decisão fixou o valor em US$ 15 milhões.
Polêmicas
Diaz processou a Tesla após ter sofrido injúrias raciais durante sua passagem pela fábrica de Fremont. Segundo o ex-funcionário, ele e outros colegas negros sofriam com apelidos discriminatórios, ordens de “voltar para a África” e até pichações ofensivas ao seu tom de pele nos banheiros e em desenhos espalhados em sua estação de trabalho.
Este, no entanto, não é o primeiro caso de racismo enfrentado pela Tesla. Segundo uma reportagem da CNBC, a empresa pagou US$ 1 milhão a outro ex-trabalhador, Melvin Berry, que também sofreu com o ambiente de trabalho racista e hostil da empresa.
Existe ainda no condado de Alameda, na Califórnia, uma ação pendente movida por um outro funcionário. Nela, ele afirma que a Tesla está repleta de discriminação racista e assédio.