Especialistas dizem que privatização da Petrobras não abaixaria preços
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Em conversa privada com Adriano Pires, Bolsonaro comentou desejo de privatizar a empresa;
Petrobras é uma empresa de economia mista, com a União como sua maior acionista;
Revogação na política de preços e fundo de estabilização estão entre as propostas para solucionar a alta dos combustíveis.
Com os comentários de uma conversa privativa de Jair Bolsonaro (PL), e Adriano Pires, novo diretor da Petrobras, divulgados, onde o presidente afirma que pretende privatizar a Petrobras caso seja eleito para um segundo mandato, novos debates acerca da natureza da estatal voltaram ao discurso público. A grande pergunta gira em torno do preço da gasolina, e se a privatização ajudaria a abaixar o valor.
Para especialistas de diversas áreas ouvidos pelo UOL, a resposta é que a privatização não ajudaria em nada nesse problema. Para Virginia Parente, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, a privatização só serviria para o governo se isentar da responsabilidade de atuar no manejo desse preço.
Virginia sugere, ao invés de uma privatização, a implementação de um fundo de estabilização dos preços e o investimento em alternativos a longo prazo, com o etanol. Um fundo de estabilização vem sendo discutido já há um tempo, tendo sido aprovado no Senado em meados deste mês. O novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, também se mostrou a favor do projeto, no entanto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, é contrário à medida.
Já o professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Espírito Santo, Eustáquio de Castro, ressaltou que em outros países, como a França e a Noruega, as empresas responsáveis pela produção e refino do petróleo são estatais justamente para que o governo possa ter um controle dos preços.
Para ele, as soluções para o problema da alta dos preços atual pode vir de diversas frentes, desde a redução da margem de lucro da Petrobras, a utilização dos dividendos da União como forma de subsídio aos combustíveis, até a revogação da política de preços da empresa, chamada de PPI (Preço de Paridade Internacional), instituída no governo Temer.
Com informações do Uol