Ele vendia de bilhetes de loteria e hoje fatura R$ 30 mi com escola de idiomas
- Opa!Algo deu errado.Tente novamente mais tarde.
- FALA.PA
Por Melissa Santos
Nascido na pequena cidade de Tangará, no oeste de Santa Catarina, Romeu Morais foi criado em uma família humilde e logo precisou começar a trabalhar com o pai. "Aos 16, vendia bilhetes de loteria em Curitiba. Era um capiau, mas queria mudar de vida e consegui estudar", conta.
SIGA O YAHOO FINANÇAS NO INSTAGRAM
INSTALE O APP DO YAHOO FINANÇAS (ANDROID / iOS)
Para conseguir se formar, batalhou e trabalhou também como garçom. "Meu sonho era ser agrônomo e me formei na área. Voltei para a minha cidade e comecei a trabalhar. Estava me dando bem e cheguei a ser sócio em um empreendimento no setor agropecuário, mas acabei desfazendo a sociedade tempos depois", explica.
Leia também
Focados na sustentabilidade, casal investe em versão premium de açaí 100% natural
Ele foi de ambulante a empresário financeiro (e ainda comprou a empresa onde trabalhava)
Ela começou a vender bolos caseiros em uma sala e hoje tem mais de 300 lojas
Elas desistiram da arquitetura para criar um brechó de marcas famosas a preços acessíveis
Executiva larga emprego por autoconhecimento e abre negócio de meditação
Amigas superam doença e transformam experiência em negócio de sucesso
Foi então que pesquisando novas formas de empreender, Romeu resolveu abrir uma franquia de uma escola de idiomas, em São José, em Florianópolis, e gostou muito da atividade. Mas empreendimento começou a passar por dificuldades e Romeu encontrou uma maneira de reverter a situação. Fez uma proposta ao franqueador pela aquisição do negócio todo, que incluía uma outra unidade em Curitiba.
Para trazer mais inovação para o negócio, o empreendedor envolveu sua filha Renata, que se formou em engenharia mecânica, e André Belz, que já era coordenador da rede, para criar um novo projeto. "A ideia era começar uma nova escola do zero com o know-how que já tínhamos no ensino de idiomas."
Foi assim que em 2004 nasceu a Rockfeller Language Center, rede de franquias de idiomas (inglês e espanhol), que faturou R$ 30 milhões em 2018. “Criamos a nossa própria metodologia e começamos aos poucos. No início não foi fácil e ‘patinamos’ um pouco, mas sempre falei para o André e a Renata que nada acontece do noite para o dia. Os empreendimentos demoraram um tempo para se consolidar”, lembra Romeu.
Atualmente, a Rockefeller conta com 47 unidades em operação e a meta é atingir 70 até o final de 2019. O empresário está longe de se aposentar e ocupa o cargo de presidente do conselho, mas ainda é bastante ativo nas estratégias de expansão da marca.
“Trilhei todo o caminho com os dois, mas agora tenho atuado mais como conselheiro. Há uns oito anos eles me pediram mais liberdade de ação e fazia sentido, até porque o negócio já estava bem sólido”, conta.
Para abrir uma unidade da rede de idiomas, o investimento varia de R$ 95 mil a R$ 400 mil, dependendo da cidade e do porte da escola. Os valores englobam taxa de franquia, montagem e capital de giro. E há um critério para aceitar os franqueados interessados. “Fazemos uma análise bem criteriosa para identificar se o franqueado tem o perfil adequado. Isso com certeza é o que nos faz nunca ter fechado uma rede”, conta Romeu.
Além do aconselhamento na rede, Romeu com seus 72 anos também tem uma série de outros negócios que faz parte! Portanto, a aposentadoria não faz parte de seus planos tão cedo. "Já tive fazenda, transportadora, armazém. Tenho uma construtora. A verdade é que eu não me imagino me aposentar. Nem aposentadoria eu tenho! Hoje, eu tiro as manhãs para mim. Vou caminhar e à tarde que vou trabalhar!", fala.