Ele vendia de bilhetes de loteria e hoje fatura R$ 30 mi com escola de idiomas
Por Melissa Santos
Nascido na pequena cidade de TangarĂĄ, no oeste de Santa Catarina, Romeu Morais foi criado em uma famĂlia humilde e logo precisou começar a trabalhar com o pai. "Aos 16, vendia bilhetes de loteria em Curitiba. Era um capiau, mas queria mudar de vida e consegui estudar", conta.
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Para conseguir se formar, batalhou e trabalhou também como garçom. "Meu sonho era ser agrÎnomo e me formei na årea. Voltei para a minha cidade e comecei a trabalhar. Estava me dando bem e cheguei a ser sócio em um empreendimento no setor agropecuårio, mas acabei desfazendo a sociedade tempos depois", explica.
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Foi entĂŁo que pesquisando novas formas de empreender, Romeu resolveu abrir uma franquia de uma escola de idiomas, em SĂŁo JosĂ©, em FlorianĂłpolis, e gostou muito da atividade. Mas empreendimento começou a passar por dificuldades e Romeu encontrou uma maneira de reverter a situação. Fez uma proposta ao franqueador pela aquisição do negĂłcio todo, que incluĂa uma outra unidade em Curitiba.
Para trazer mais inovação para o negĂłcio, o empreendedor envolveu sua filha Renata, que se formou em engenharia mecĂąnica, e AndrĂ© Belz, que jĂĄ era coordenador da rede, para criar um novo projeto. "A ideia era começar uma nova escola do zero com o know-how que jĂĄ tĂnhamos no ensino de idiomas."
Foi assim que em 2004 nasceu a Rockfeller Language Center, rede de franquias de idiomas (inglĂȘs e espanhol), que faturou R$ 30 milhĂ”es em 2018. âCriamos a nossa prĂłpria metodologia e começamos aos poucos. No inĂcio nĂŁo foi fĂĄcil e âpatinamosâ um pouco, mas sempre falei para o AndrĂ© e a Renata que nada acontece do noite para o dia. Os empreendimentos demoraram um tempo para se consolidarâ, lembra Romeu.
Atualmente, a Rockefeller conta com 47 unidades em operação e a meta é atingir 70 até o final de 2019. O empresårio estå longe de se aposentar e ocupa o cargo de presidente do conselho, mas ainda é bastante ativo nas estratégias de expansão da marca.
âTrilhei todo o caminho com os dois, mas agora tenho atuado mais como conselheiro. HĂĄ uns oito anos eles me pediram mais liberdade de ação e fazia sentido, atĂ© porque o negĂłcio jĂĄ estava bem sĂłlidoâ, conta.
Para abrir uma unidade da rede de idiomas, o investimento varia de R$ 95 mil a R$ 400 mil, dependendo da cidade e do porte da escola. Os valores englobam taxa de franquia, montagem e capital de giro. E hĂĄ um critĂ©rio para aceitar os franqueados interessados. âFazemos uma anĂĄlise bem criteriosa para identificar se o franqueado tem o perfil adequado. Isso com certeza Ă© o que nos faz nunca ter fechado uma redeâ, conta Romeu.
Além do aconselhamento na rede, Romeu com seus 72 anos também tem uma série de outros negócios que faz parte! Portanto, a aposentadoria não faz parte de seus planos tão cedo. "Jå tive fazenda, transportadora, armazém. Tenho uma construtora. A verdade é que eu não me imagino me aposentar. Nem aposentadoria eu tenho! Hoje, eu tiro as manhãs para mim. Vou caminhar e à tarde que vou trabalhar!", fala.