Equador: "Dissolver Parlamento é a melhor solução, embora seja inconstitucional", diz ex-presidente Rafael Correa

© Pierre René-Worms - RFI

Em uma entrevista exclusiva à RFI, Rafael Correa afirmou acreditar que, com a dissolução do Congresso, o atual presidente do Equador, Guillermo Lasso, está tentando evitar um processo de impeachment. O ex-presidente equatoriano tem certeza de que seu movimento vencerá a oposição em uma eleição antecipada justa. "Mas temos que diferenciar entre o que é bom e o que é certo", diz Correa, insistindo que a medida de Lasso é inconstitucional.

Por Angélica Pérez, da RFI

RFI: No âmbito de um julgamento de impeachment contra o presidente do Equador, Guillermo Lasso, o presidente recorreu à chamada "morte cruzada", argumentando um "estado de comoção". Essa figura jurídica permite que o executivo e o legislativo se dissolvam antecipadamente para convocar eleições. Trata-se de um mecanismo estabelecido no Equador pela Constituição de 2008 e, além disso, é a primeira vez que um presidente equatoriano recorre a essa medida. Qual é a sua reação, ex-presidente Correa?

Rafael Correa: Eu acho que é a melhor coisa para o país, dada a crise que estamos atravessando, que não é uma crise de comoção interna, mas uma crise moral e ética, expondo o desastre que é esse governo, a fraude democrática que acabou sendo Lasso, que chegou cheio de mentiras e demonstrou total inaptidão para o cargo.


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