O governo de Joe Biden nos Estados Unidos aprovou nesta segunda (13) um grande projeto de extração de petróleo no norte do estado do Alasca sob protestos de grupos ambientalistas e alertas de cientistas. O Projeto Willow deve produzir até 180 mil barris de petróleo por dia.

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Sob a responsabilidade da empresa ConocoPhillips, até 199 poços de petróleo podem ser perfurados na área conhecida como Reserva Nacional de Petróleo no Alasca. A aprovação de Biden vai contra sua intenção de não expandir as atividades petrolíferas em áreas federais. A administração, porém, reduziu de cinco para três campos de extração aprovados.

O Projeto Willow coloca em evidência o conflito entre a necessidade de frear o uso de combustíveis fósseis para conter o aquecimento global e uma economia ainda muito dependente do petróleo. Rob Jackson, cientista climático da Universidade de Stanford, afirma que “Em algum momento, precisamos deixar o petróleo, o carvão e o gás onde estão e para mim este momento é agora.”

Com uma produção que se traduz na emissão de 263 milhões de toneladas de gases estufa ao longo de 30 anos, o projeto é visto por líderes políticos — tanto democratas quanto republicanos — como importante para a economia do Alasca. Por outro lado, o estado também vem enfrentando fenômenos como incêndios florestais, perda de gelo e erosão costeira — todos passíveis de intensificação com as mudanças climáticas.

Representantes do Departamento do Interior dizem que as emissões de Willow seriam equivalentes às de 1,7 milhões de automóveis — o que representaria 0,1% das emissões totais dos Estados Unidos. O número relativamente baixo comparado ao todo é um dos argumentos que sustenta não somente essa, mas várias aprovações de projetos de extração de carvão e petróleo.

Para Jackson, essa perspectiva deve ser deixada de lado. “É a mesma coisa que pensar que cada carro que colocamos nas ruas ou cada usina de carvão que construímos não importam, porque há milhões de carros e milhares de usinas ao redor do mundo.”

Especialistas na área de energia afirmam, porém, que a transição da economia mundial para uma exclusivamente dependente de energias renováveis deve levar décadas até se tornar uma realidade.

Fonte: Canaltech

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