Empresa de filme adulto quer obrigar streaming expor usuário
Strike 3 pretende obrigar a Netflix e o Google a entregar muitos dados pessoais
O processo original foi aberto em um tribunal da Flórida contra um réu anônimo em março de 2020
Documentos que identificam os dados básicos de registro da conta do Google do usuário acusado e de seus endereços de e-mail alternativos
A Strike 3, produtora de filmes adultos, está processando homem por suspostamente piratear seus usando o BitTorrent. A empresa, então, pretende obrigar a Netflix e o Google a entregar muitos dados pessoais do usuário que ela afirma serem relevantes para seu caso.
A Strike 3 buscar combater de forma firme o compartilhamento ilegal de conteúdo. Ela solicita acessar uma enorme quantidade de dados do réu armazenados no Google. Até a Netflix entrou na história, mesmo que, à primeira vista, não tenha nada a ver com o caso.
Segundo informações do Portal IG, o processo original foi aberto em um tribunal da Flórida contra um réu anônimo em março de 2020. De acordo com a Strike 3, o réu usou sua conta da Frontier Communications (empresa americana de telecomunicação) para baixar e compartilhar 36 de seus títulos “por um longo período de tempo” através do BitTorrent.
Entre as informações solicitadas, estão:
· Documentos que identificam os dados básicos de registro da conta do Google do usuário acusado e de seus endereços de e-mail alternativos.
· Endereços IP usados para acessar as contas do Google desde julho de 2019.
· Registros de conexão para o mesmo período, além de registros relacionados a compras feitas em todos os serviços e produtos do Google.
· As especificações técnicas de cada dispositivo usado pelo réu para acessar os serviços e produtos do Google.
· Documentos identificando todos os arquivos enviados para o Google Drive, todos os vídeos enviados para o YouTube e ainda todos os registros mantidos pelo Google relacionados a pesquisas na Internet feitas pelo réu por termos como 'torrent', 'utorrent' e 'vpn' desde julho de 2019.
Pandemia e streaming levam à queda na pirataria de filmes do Oscar
Que a pandemia do novo coronavírus teve um forte impacto na indústria do cinema, isso todo mundo sabe; agora, os números mostram um reflexo disso, também, sobre a pirataria. De acordo com um novo levantamento, a maior disponibilidade de longas indicados ao Oscar nos serviços de streaming, assim como a menor presença de grandes blockbusters, levou a uma grande baixa no número de downloads na temporada de premiações deste ano.
Os dados são da MUSO, empresa especializada em pesquisas relacionadas à pirataria. A pesquisa coloca Bela Vingança como o filme mais baixado entre os indicados, com uma demanda de aproximadamente 1,3 milhão de downloads entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021 — o segundo colocado, Os Sete de Chicago, acumulou cerca de um milhão, enquanto Judas e o Messias Negro aparece bem abaixo, completando o top 3 com 599 mil cópias baixadas.
Os números, para os analistas, desenham um panorama no qual a disponibilidade de longas por streaming faz reduzir a pirataria, mas, ao mesmo tempo, também um em que a presença de grandes atores e blockbusters de renome incentiva os usuários mais do que uma indicação ao Oscar, em si. Prova disso é a proximidade de Os Sete de Chicago do primeiro colocado, cujo elenco tem nomes como Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo) e Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte).
A comparação também exibe esse mesmo movimento. Coringa, de 2019, apresentou um pico de mais de 34,8 milhões de downloads em um período semelhante, assim como Ford Vs. Ferrari (7,4 milhões) e Era Uma Vez Em Hollywood... (5,9 milhões), os grandes nomes da temporada de premiações do ano passado. Na temporada de premiações deste ano, é Tenet que sai vencedor, com 17,1 milhões de downloads, ainda que esteja indicado apenas aos prêmios de efeitos visuais e design de produção, passando longe das categorias principais do Oscar.