Embraer segue sanções e deve deixar 30 aviões sem manutenção na Rússia
Paralisação é provocada pelas sanções econômicas impostas à Rússia
Há aviões fabricados pela Embraer tanto na Rússia quanto na Ucrânia
Sem manutenção, as empresas podem ser obrigadas a devolver os aviões
A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, decidiu aderir às sanções econômicas impostas por governos e empresas à Rússia em razão da guerra com a Ucrânia. Isso vai deixar cerca de 30 aviões operados por empresas russas podem ficar sem manutenção.
Em comunicado, a empresa afirmou que "está monitorando de perto a evolução da situação e vem cumprindo, e continuará cumprindo, as sanções internacionais impostas à Rússia e a certas regiões da Ucrânia".
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As visitas dos técnicos para a manutenção das aeronaves acontecem a cada três meses. A companhia tem aviões tanto na Rússia quanto na Ucrânia.
A principal prejudicada com a adesão às sanções vai ser a companhia S7 Siberia Airlines, que tem 17 aviões Embraer 170 em sua frota. A companhia Pegas Fly tem 6 jatos Embraer 190 em sua frota de 15 aeronaves e também deve ser impactada.
A Sirius, que fornece o serviço de táxi aéreo, opera seis jatos executivos Embraer Legacy 600. A Premier Avia, outra empresa russa, também opera dois jatos executivos da família Legacy.
Sem manutenção, as empresas podem ser obrigadas a devolver os aviões ou a colocá-los em estado de preservação, sem voar.
A Embraer não forneceu mais detalhes sobre a suspensão dos serviços ou se algum outro tipo de suporte vai ser oferecido para as empresas russas.
Nos últimos dias, algumas das maiores empresas ocidentais, de Boeing e Exxon Mobil a Ford e Adidas, suspenderam operações na Rússia por conta das sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia.