Em Nova York, apartamentos no Airbnb superam os disponíveis para morar
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Há 15 mil imóveis a mais em sites como o Airbnb do que para morar permanentemente na cidade;
Barcelona também se viu com o mesmo problema no ano passado;
Airbnb afirmou que os dados distorcem fatos da realidade, afirmando que Manhattan possuir a maior parte da concentração de anúncios.
Um levantamento realizado pelo portal de notícias americano Bloomberg revelou que na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, o número de moradias vagas disponíveis, isto é, para longos contratos de aluguel ou para comprar, é menor do que o número de locais anunciadas nas plataformas Airbnb ou Vrbo, especializadas em aluguéis de curto prazo.
Atualmente Nova York é uma das maiores cidades do mundo, sendo a maior dos Estados Unidos, com cerca de 8 milhões de habitantes. A cidade é, no entanto, considerada a mais global do mundo, ocupando o topo dentre as cidades mais importantes no sistema econômico mundial.
De acordo com o levantamento, somando os anúncios listados no Airbnb, especializado em aluguéis curtos em áreas urbanas, e no Vrbo, focado em aluguel para temporadas, há um total de 22 mil imóveis à disposição de turistas e visitantes na cidade.
Já quando o assunto é adquirir um local para residir permanentemente em Nova York, esse número cai para 7.500, de acordo com dados da corretora Douglas Elliman Real Estate. Isto quer dizer que há cerca de 15 mil imóveis a mais destinados a turistas do que a moradores. Isto sem contar os quartos de hotéis.
O levantamento vai ao encontro de críticos do modelo de negócios do Airbnb, que afirmam que o aplicativo inviabiliza a moradia em cidades grandes e turísticas ao reduzir o número de imóveis disponíveis ao tornar mais lucrativo o aluguel de curta temporada.
Em Nova York já foram passadas legislações que visam conter esse problema, como a exigência de que plataformas de aluguel a curto prazo, como o Airbnb e o Vrbo, compartilhem seus dados de hospedagem e anúncios com a prefeitura, e que anfitriões estejam presentes nos imóveis em casos de aluguel por temporada menores de 30 dias.
Barcelona, na Espanha, foi outra cidade que se viu com um problema similar. Para contornar a situação, a cidade proibiu o aluguel de curto prazo para acomodações privadas, permitindo apenas a locação de apartamentos inteiros apenas quando o proprietário tem uma licença para tal.
O Airbnb, no entanto, afirmou que a realidade não é exatamente a que os números apontam, afirmando que os dados fornecem uma visão "injustamente estreita da disponibilidade de unidades de aluguel em uma parte da cidade versus dados de aluguel de curto prazo para toda a cidade".
A empresa destacou também que a maior parte dos anúncios estão concentrados na região de Manhattan, enquanto as outras quatro regiões da cidade, Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island não apresentam tal discrepância.