Em meio a sanções, oligarcas russos fogem para Dubai
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Preço das propriedades de luxo no país cresceram 77% apenas no primeiro trimestre de 2022;
Oligarcas estão escondendo seus ativos das sanções da Europa e dos Estados Unidos no país;
Dubai oferece residência a quem investir cerca de US$ 2,7 milhões no país.
No início do mês, o Wall Street Journal noticiou que os oligarcas russos estavam escondendo seus jatos em Dubai, nos Emirados Árabes, para não serem apreendidos por países que impuseram sanções à Rússia e a seus cidadãos após a invasão na Ucrânia. Nos últimos meses, por exemplo, iates vêm sendo apreendidos por todo Mediterrâneo, em suspeita de pertencerem a empresários russos sancionados.
Da mesma forma, o New York Times descobriu que o número de russos que possuem propriedades em Dubai vem aumentando desde o início da guerra na Ucrânia. De acordo com com Abdullah Alajaji, CEO da imobiliária Driven Properties em Dubai, só no primeiro trimestre de 2022 os preços já subiram 71% em decorrência da demanda dos russos.
Pode-se perceber, como um todo, que a cidade arábica tem se tornado um refúgio para oligarcas e governantes russos por não participarem das sanções dos Estados Unidos e Europa. No entanto, o atrativo não termina aí.
O país também tem um programa de “visto dourado”, que oferece residência a estrangeiros que investem pelo menos 10 milhões de dirhams (aproximadamente US$ 2,7 milhões) em negócios ou fundos de investimentos locais.
A partir de 2021 o governo passou também a oferecer cidadania para quem possui propriedade. “É efetivamente uma residência vitalícia que você recebe do governo de Dubai e é muito acessível para muitos desses russos abastados”, afirmou Alajaji à Forbes.
A boa vontade dos Emirados Árabes com os bilionários russos, na verdade, é um grande representativo da ideologia da nação. De acordo com Chirag Shah, fundador da consultoria 1 International FinCentre Associates: “Em Dubai, há um velho ditado que diz: ‘Quando a região vai bem, nós nos saímos bem, mas quando há uma crise, nós nos saímos muito bem’”, disse em entrevista à Bloomberg.