Elon Musk pode ter pedido dados do Twitter para criar nova rede social
Twitter acusa Elon Musk de solicitar dados da plataforma para criar nova rede social;
Esta seria a "terceira opção" dele, depois de comprar a empresa ou ter uma cadeira no conselho;
Acusação foi feita no processo aberto contra o bilionário.
O Twitter apontou a possibilidade de Elon Musk ter solicitado os dados da plataforma apenas para desenvolver uma nova rede social. No processo contra o bilionário, os advogados da empresa disseram que ele queria comprá-la, ter uma cadeira no conselho ou criar uma concorrente, sendo que “a terceira opção de Musk permaneceu”.
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A ação foi proposta na última terça-feira (12), depois que o homem mais rico do mundo desistiu do acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter. De acordo com ele, a companhia não forneceu informações adequadas sobre a quantidade de bots (contas falsas) existentes, não foi transparente e fugiu das obrigações previstas no contrato.
“Firme em seu compromisso de realizar a fusão, o Twitter continuou tentando conseguir o que a equipe de Musk exigia, protegendo os dados de seus clientes e com preocupações muito reais sobre como Musk poderia usar os dados se conseguisse escapar do acordo”, informaram os advogados da empresa, segundo a reportagem do Business Insider. Eles ainda apontaram que as informações solicitadas “exporiam o Twitter a danos competitivos se compartilhados”.
No passado, Musk chegou a criticar o Twitter e sugerir, a seus mais de 100 milhões de seguidores, a criação de uma nova rede social que permitisse mais liberdade de expressão - algo que, segundo ele e as enquetes feitas em seu perfil, não existia de forma profunda na atual plataforma.
Virada no jogo
No processo, a rede social usou como argumento os tuítes de Musk contra ele próprio. Segundo a Bloomberg, 13 publicações foram apontadas como prova de que o empresário espetacularizou a negociação e prejudicou a plataforma.
O bilionário foi acusado de "montado um espetáculo público para colocar o Twitter em cena", "zombado da empresa, prejudicado suas operações, destruído valor aos acionistas e ido embora". Ele frequentemente faz tuítes sobre seus negócios.
Dentre as publicações citadas no processo, está o emoji de cocô enviado a Parag Agrawal, CEO do Twitter, quando ele falou sobre a estimativa do número de robôs presentes na rede social. Fazem parte da lista acusações sobre a falta de transparência da plataforma, piadas sobre a empresa, anúncio da suspensão da transação e outros comentários.