E-mail de 200 milhões de usuários do Twitter vazam na internet
Arquivos estariam expostos em fóruns hackers;
Vazamento não foi confirmado pelo Twitter;
"Um dos vazamentos mais significativos que já vi", disse especialista em segurança digital.
O e-mail de 200 milhões de usuários do Twitter teriam sido expostos em um ataque hacker, afirmaram especialistas em segurança digital, deixando os proprietários dessas contas mais vulneráveis a ataques digitais. Os dados vazados, felizmente, não incluem informações privadas como senhas.
Os endereços de e-mails foram publicados online em fóruns dedicados à venda de informações e ataques digitais. Segundo o especialistas Alon Gal, cofundador da empresa israelense de monitoramento de segurança cibernética Hudson Rock, o vazamento "infelizmente levará a muitos ataques de phishing direcionado e doxxing”. Para ele, este foi "um dos vazamentos mais significativos que já vi".
O Twitter não comentou a veracidade do relatório de Gal, nem respondeu se tomou medidas para investigar ou remediar o problema. A Reuters, primeira agência de notícias a reportar o caso, não conseguiu verificar independentemente o arquivo com os dados, e se realmente pertenciam aos servidores do Twitter. Capturas de telas dos fóruns de hackers, onde os dados apareceram, circulam online desde quarta-feira.
Troy Hunt, da plataforma online Have I Been Pwned, que monitora vazamento de dados sensíveis e sigilosos online, teve acesso aos arquivos e afirmou em sua conta do Twitter que parecem verídicos. Inicialmente, as alegações quanto ao tamanho do vazamento variável, com as primeiras informações alegando que 400 milhões de endereços de e-mail e telefonia haviam sido roubados.
Ainda não se tem pistas sobre a identidade ou localização do invasor por trás da violação no Twitter, nem quando ela teria acontecido. Pode ter sido nesta última semana, assim como pode ter ocorrido em 2021, antes de Musk assumir a empresa de mídia social.
Reguladores americanos e europeus, o Twitter tem sua sede europeia na Irlanda, podem se aproveitar do caso para aplicar mais pressão na empresa. A Comissão de Proteção de Dados na Irlanda e a Comissão Federal de Comércio dos EUA investigam a empresa sobre sua conformidade às regras europeias de proteção de dados e uma ordem de consentimento dos EUA, respectivamente.