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Dois pares de buracos negros supermassivos estão prestes a se chocar

Cientistas usando o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, identificaram dois pares de galáxias prestes a se fundir e detectaram seus respectivos buracos negros supermassivos em rota de colisão. Essa é a primeira observação de uma aproximação desse tipo em estágio tão avançado, superando o recorde de janeiro.

Buracos negros supermassivos ainda são um mistério para os pesquisadores, já que ainda não se sabe como eles evoluem e se tornam tão grandes. Uma das hipóteses é que isso ocorre no decorrer das fusões entre galáxias anãs, resultando na fusão de seus respectivos buracos negros centrais.

Contudo, ainda não havia nas observações nenhuma evidência que reforce essa proposta — até agora. Os pesquisadores encontraram duas duplas galáxias anãs em processo de fusão, sendo essa a primeira evidência de um encontro tão iminente entre dois buracos negros supermassivos.

Um par está no aglomerado de galáxias Abell 133, localizado a 760 milhões de anos-luz da Terra. Sua cauda (formada por blocos azuis na imagem abaixo) é o resultado dos efeitos de maré da colisão, ou seja, pedaços de matéria “arrancados” pela galáxia mais massiva, devido à sua força gravitacional. Já os tons magenta representam dados de raios-X do Chandra e revelam a radiação emitida pela atividade dos buracos negros em cada galáxia.

A dupla Mirabilis já está nos estágios finais de fusão (Imagem: Reprodução/NASA/CXC/Univ. do Alabama/M. Micic/Gemini/NOIRLab/NSF/AURA)
A dupla Mirabilis já está nos estágios finais de fusão (Imagem: Reprodução/NASA/CXC/Univ. do Alabama/M. Micic/Gemini/NOIRLab/NSF/AURA)

Os autores do novo estudo apelidaram essa dupla de “Mirabilis”, em homenagem a uma espécie ameaçada de beija-flor conhecido por possuírem caudas longas. As galáxias não receberam nomes individuais, pois o processo de fusão já está avançado o suficiente para serem reconhecidas como um único objeto.

A outra dupla está no aglomerado Abell 1758S, localizado a cerca de 3,2 bilhões de anos-luz de distância. O esquema de cores adotado na imagem abaixo é o mesmo da anterior.

Batizadas como “Elstir” (parte inferior da imagem) e “Vinteuil” (no lado superior da imagem), as galáxias estão nos estágios iniciais de fusão e estão ligadas por uma espécie de “ponte” formada pela interação gravitacional e composta por estrelas e gás.

A dupla Elstir e Vinteuil ainda está no início do processo de fusão (Imagem: Reprodução/NASA/CXC/Univ. do Alabama/M. Micic/Gemini/NOIRLab/NSF/AURA)
A dupla Elstir e Vinteuil ainda está no início do processo de fusão (Imagem: Reprodução/NASA/CXC/Univ. do Alabama/M. Micic/Gemini/NOIRLab/NSF/AURA)

Pesquisar os detalhes desse processo de fusão pode fornecer aos astrônomos detalhes não apenas sobre a formação dos buracos negros supermassivos, como também sobre o passado da nossa Via Láctea. É que, segundo os modelos, quase todas as galáxias grandes começaram como anãs e cresceram por meio de fusões.

Embora a colisão entre os buracos negros estejam perto de acontecer em tempos astronômicos, ainda vai demorar muito tempo para a escala humana. Portanto, não veremos isso acontecer, mas as observações atuais já podem ajudar muito a refinar os modelos astrofísicos.

O artigo que descreve as descobertas foi aceito para publicação no The Astrophysical Journal.

Fonte: Canaltech

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