Dois bilhões de pessoas podem ser expostas a calor mortal até 2100, alerta estudo
As políticas atualmente em vigor para tentar limitar o aquecimento global vão expor mais de um quinto da humanidade a um calor extremo e potencialmente mortal até o final deste século. A informação consta de um estudo científico divulgado nesta segunda-feira (22).
Segundo a pesquisa realizada pela universidade britânica de Exeter, a temperatura da superfície da Terra se encaminha a um aumento de 2,7°C até 2100 em relação à era pré-industrial. Isso deve levar dois bilhões de pessoas a enfrentar um calor sem precedentes, afirma o estudo publicado pela revista científica Nature Sustaintability.
Os autores explicam que esse é um dos raros trabalhos que expõem o custo humano da urgência climática. Geralmente as pesquisas abordam o ângulo dos prejuízos financeiros, mas, neste caso, o número de pessoas que serão castigadas pelo fenômeno é alarmante.
"Precisaremos de uma remodelagem profunda da habitabilidade da superfície do planeta, o que poderia resultar potencialmente em uma reorganização em grande escala dos lugares onde as pessoas vivem", afirma Tim Lenton, que dirigiu o estudo.
De acordo com a publicação, os países que mais sofrerão com a situação são a Índia, a Nigéria e a Indonésia. Essas três nações serão majoritariamente expostas a um aumento de temperaturas que pode colocar a vida das pessoas em risco.
(Com informações da AFP)
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