Documentário de McQueen faz justaposição da Amsterdã ocupada pelos nazistas com o presente

FOTO DE ARQUIVO: 76º Festival de Cinema de Cannes - foto para o filme "Occupied City" apresentado como parte de Sessões Especiais

Por Hanna Rantala

CANNES (Reuters) - O novo documentário do cineasta Steve McQueen, “Occupied City”, que estreou no Festival de Cannes nesta semana, faz uma justaposição de cenas modernas de Amsterdã contra a narração do que aconteceu em locais específicos da cidade durante a ocupação nazista, com o objetivo de traçar uma conexão entre os dois períodos de tempo.

O diretor britânico do filme vencedor do Oscar de 2014 “12 anos de escravidão” disse que olhar para o passado era importante para entender a guerra na Ucrânia ou o crescimento da extrema-direita.

“É simplesmente colocar as coisas em contexto -como estamos aqui, como chegamos aqui”, disse McQueen à Reuters. “Não faz tanto tempo assim; cerca de 80 anos atrás, mas a amnésia é incrível”.

O filme de quatro horas e meia, que se baseia no livro “Atlas of an Occupied City - Amsterdam 1940-1945”, de Bianca Stigter, e vai a mais de 100 lugares na capital holandesa para examinar o que aconteceu no local -embora o sótão onde Anne Frank se escondeu não tenha sido incluído.

Filmado durante a pandemia de Covid-19, o documentário inclui protestos nas ruas que eclodiram contra as medidas de prevenção de infecção do governo e as comemorações posteriores.