‘Dinheiro esquecido’: nova consulta aos valores é adiada; entenda
(Getty Images)
Banco Central adia segunda fase da consulta ao 'dinheiro esquecido' em bancos;
Checagem estava programada para o dia 2 de maio, mas greve dos servidores interrompeu os planos;
Vale destacar que quem não tinha quantias a receber na 1ª fase, pode achar nesta próxima.
O Banco Central adiou a segunda fase da consulta ao ‘dinheiro esquecido’ em bancos após servidores passarem a maior parte do mês de abril em greve e retomarem o movimento nesta terça-feira (3). A checagem estava programada para começar na segunda-feira (2) e, por enquanto, ainda não tem uma nova data definida.
A primeira fase durou até 17 de abril e disponibilizou R$ 3,9 bilhões para 28 milhões de pessoas ou empresas que tinham saldos residuais em contas-correntes. Já a segunda fase restituirá os R$ 4,1 bilhões provenientes de:
Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente;
Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
Entidades em liquidação extrajudicial;
Valores referentes ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC);
Recursos do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
Vale destacar que quem não possuía valores esquecidos na primeira fase, poderá encontrá-los na segunda, já que o Banco Central prometeu uma atualização nas informações. Além disso, não haverá mais a necessidade de agendar o resgate do dinheiro.
Greve dos servidores
O movimento teve início no dia 1º de abril e chegou a ser suspenso no dia 19, como um “voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, com quem chegaram a se reunir.
Apesar disso, as reuniões com a diretoria do BC foram frustrantes para os servidores, que decidiram retomar a greve nesta terça-feira (3). De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), o retorno da paralização se deve à insatisfação com o reajuste pretendido pelo governo federal, de 5% para todas as categorias.
Os funcionários do BC pedem reajuste de 27%, o que seria suficiente para repor as perdas com a inflação desde a última revisão salarial, ocorrida há três anos. Também há reivindicações não salariais, como a exigência de ensino superior para contratação de técnicos e a alteração da nomenclatura analista para auditor.