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Dia do Sexo! Saiba como seu DNA influencia sua vida sexual

·4 min de leitura

VocĂȘ sabia que nesta segunda-feira (6), Ă© comemorado o Dia do Sexo? A data foi criada para colocar em pauta pontos pertinentes no que diz respeito Ă  atividade sexual, como dicas, recomendaçÔes, cuidados, benefĂ­cios ou novas descobertas da ciĂȘncia sobre o assunto. E com base nisso, o Canaltech traz uma reflexĂŁo: como o DNA de alguĂ©m influencia a vida sexual?

Sexo e genética podem ser considerados dois pontos fundamentais para o entendimento de muitas questÔes históricas, e o médico, especialista em genética e sócio-fundador do laboratório Genera, Ricardo di Lazzaro, esclareceu um pouco mais sobre essa relação.

Segundo o especialista, a genĂ©tica determina com quase 100% de precisĂŁo o sexo biolĂłgico de uma pessoa, alĂ©m de influenciar alguns outros fatores: "Existem associaçÔes genĂ©ticas em relação Ă  primeira relação sexual, nĂșmero de parceiros, maior ou menor propensĂŁo Ă s relaçÔes extraconjugais e alguns outros pontos. É discutida tambĂ©m a questĂŁo do gĂȘnero e que parte da atração sexual a pessoa tem na relação", disserta.

Podemos entĂŁo dizer que cada um de nĂłs pode ter impresso no DNA o tamanho do nosso apetite sexual? Di Lazzaro responde que hĂĄ vĂĄrios estudos que tentam identificar o quanto isso pode ser genĂ©tico ou como a gente pode falar do apetite sexual. "O nĂșmero de parceiros tem uma influĂȘncia grande de cerca de 40% do DNA herdĂĄvel. A gente imagina que depende bastante do ambiente, de referĂȘncias, mas o componente genĂ©tico Ă© alto, prĂłximo atĂ© de 50%", aponta.

JĂĄ foram encontrados alguns marcadores genĂ©ticos em genes como da vasopressina e de receptores da dopamina que sĂŁo neurotransmissores e que tĂȘm associação com a infidelidade, muitas vezes mais pronunciada nos homens. Isso Ă© interessante porque sĂŁo mecanismos, vias neuronais que estĂŁo no nosso cĂ©rebro e que, desta maneira, influenciam, por exemplo, o comportamento da traição.

DNA e previsÔes sexuais

DNA pode influenciar sua vida sexual (Imagem: Peggy und Marco Lachmann-Anke/Pixabay)
DNA pode influenciar sua vida sexual (Imagem: Peggy und Marco Lachmann-Anke/Pixabay)

Segundo o médico, a disfunção erétil também pode ser influenciada pela genética, embora tenha relação com outras doenças, desde vasculares até psiquiåtricas. Por enquanto, não se tem um estudo claro que prediga o risco de uma disfunção erétil com base no DNA, mas hoje em dia existe a anålise de um gene chamado GNB3, que consegue saber se o tratamento tem chance de ser eficaz em função desse marcador e como o corpo reage com o sildenafil, popularmente conhecido como Viagra.

"A genĂ©tica e a medicina personalizada vĂȘm avançando cada vez mais e isso vai permitir predizer e tratar de maneira exclusiva todos os tipos de disfunçÔes sexuais, inclusive da parte reprodutiva", revela Di Lazzaro. AlĂ©m disso, determinados testes de DNA podem mostrar se a pessoa tende a ser fĂ©rtil por mais tempo, ou quanto tempo a pessoa tem atĂ© entrar na menopausa, por exemplo.

Questionamos, entĂŁo, se a genĂ©tica tambĂ©m pode ajudar a entender o comportamento sexual de adolescentes, principalmente no que tange a puberdade. O mĂ©dico aponta que a genĂ©tica ainda nĂŁo entende muito bem todo o processo de desenvolvimento humano, mas compreender isso poderia "permitir ajudar pessoas que estĂŁo nessa fase, auxiliando em tratamentos e diagnĂłsticos mais eficazes sobre pessoas que estĂŁo com distĂșrbios na ĂĄrea do desenvolvimento sexual".

Genética e homossexualidade: tem a ver?

Em agosto, uma pesquisa da Universidade de Queensland usou dados genĂ©ticos de um extenso estudo do governo britĂąnico sobre genĂ©tica, o UK Biobank, e dados de uma empresa norte-americana de testes genĂ©ticos, a 23andMe, e retomou a busca pelo “gene gay”. No entanto, o artigo nĂŁo encontrou evidĂȘncias suficientes para determinantes de orientação sexual no genoma humano.

Di Lazzaro comenta que, além desse, vårios outros estudos jå tentaram entender se a homossexualidade seria genética ou não. "Em alguns casos foi percebido uma herança genética dentro da família. Havia casos em que homens gays tinham, por exemplo, tios maternos também gays, e, estudando essas famílias, acharam uma região no cromossomo X, chamada XQ28, que estaria associada a essa herança e como essa característica estava sendo passada nas famílias. Mas, em estudos mais recentes não foi encontrado um marcador, seja nesse cromossomo ou em outros, que fosse forte o suficiente para separar a homossexualidade ou encontrar uma algo que influenciasse a homossexualidade", declara.

"Tem vĂĄrios estudos epigenĂ©ticos tentando entender isso, mas realmente ainda nĂŁo existe isso muito claro. No entanto, Ă© interessante falar que a homossexualidade tambĂ©m tem um componente herdĂĄvel, portanto hĂĄ uma herdabilidade relativamente alta. Estima-se que a homossexualidade em homens possa ter um componente ao redor de 30% de herdabilidade. Entre mulheres, esse nĂșmero seria mais prĂłximo de 50% do componente genĂ©tico. Mas ainda sĂŁo estudos que precisam ser validados", conclui o mĂ©dico.

Fonte: Canaltech

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