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Dólar tem vaivém frente ao real com críticas de Lula ao BC ofuscando otimismo externo

Notas de real e dólar

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar mostrava instabilidade frente ao real na manhã desta sexta-feira, reduzindo perdas iniciais, uma vez que o otimismo no mercado internacional era compensado por novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central.

Às 10:19 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,10%, a 5,1990 reais na venda. A moeda trocou de sinal várias vezes durante as primeiras negociações, depois de mais cedo ter chegado a cair 0,41%, a 5,1830 reais.

Na B3, às 10:19 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a 5,2290 reais.

Lula voltou a criticar na quinta-feira o BC pela atual taxa de juros e alertou que o Brasil pode sofrer uma crise de crédito "logo logo" se a Selic, atualmente em 13,75%, não for reduzida pela autoridade monetária.

Os comentários foram os mais recentes de uma série de críticas de Lula e aliados à conduta da política monetária, que segundo investidores está alimentando incertezas e a volatilidade no mercado financeiro.

"No Brasil, as declarações do presidente e do seu entorno, em relação a Petrobras e a questões econômicas, continua gerando ruídos e forte pressão negativa nos ativos locais", disse Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos.

Prejudicado pelas tensões domésticas, o real mostrava desempenho inferior no pregão quando comparado a seus principais pares arriscados. Dólar australiano, rand sul-africano e pesos mexicano e chileno, por exemplo, avançavam de 0,2% a 0,5% frente à divisa norte-americana.

Sustentando o bom humor global, dados mostraram que a atividade no setor de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido em seis meses em fevereiro, uma vez que a remoção das duras medidas de isolamento social contra Covid-19 resgatou a demanda dos clientes.

Enquanto isso, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, defendeu na quinta-feira um aumento "lento e constante" para os juros no futuro e uma pausa em meados ou no final do verão (no Hemisfério Norte). Isso reduziu temores de que o Fed poderia voltar a adotar altas de juros mais agressivas, de 0,50 ponto percentual.

O dólar estava a caminho de encerrar a semana em leve alta frente ao real, de cerca de 0,10%.

Falando sobre o mercado de câmbio brasileiro, o Citi notou em relatório que os riscos políticos locais permanecem altos. No entanto, "dado o otimismo renovado com a reabertura da China, o real permanecerá estável independentemente, já que os influxos estrangeiros compensam o pessimismo local, permitindo que os investidores ganhem pelo menos um 'carry' substancial".

O banco fez referência a estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em praça mais rentável. Com a Selic em 13,75%, o real é considerado por agentes estrangeiros como muito atrante para uso nesse tipo de investimento.

(Edição de Flávia Marreiro)