Mercado fechado
  • BOVESPA

    101.882,20
    -1.831,25 (-1,77%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    53.904,00
    -294,94 (-0,54%)
     
  • PETROLEO CRU

    75,70
    +1,33 (+1,79%)
     
  • OURO

    1.969,80
    -10,50 (-0,53%)
     
  • Bitcoin USD

    28.519,15
    -58,05 (-0,20%)
     
  • CMC Crypto 200

    621,79
    +7,58 (+1,23%)
     
  • S&P500

    4.109,31
    +58,48 (+1,44%)
     
  • DOW JONES

    33.274,15
    +415,12 (+1,26%)
     
  • FTSE

    7.631,74
    +11,31 (+0,15%)
     
  • HANG SENG

    20.400,11
    +90,98 (+0,45%)
     
  • NIKKEI

    28.041,48
    +258,55 (+0,93%)
     
  • NASDAQ

    13.308,00
    +226,00 (+1,73%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,4892
    -0,0664 (-1,20%)
     

Dólar tem viés negativo após dados da China, mas cena local limita perdas

Notas de 100 dólares em Seul

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar mostrava viés negativo frente ao real nesta quarta-feira, em meio a clima de forte apetite por risco no exterior após surpresa positiva em dados manufatureiros da China, mas a cena local limitava as perdas, após volta parcial da tributação de combustíveis e críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Banco Central.

Às 9:38 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,21%, a 5,2148 reais na venda. No menor patamar do dia, a divisa norte-americana chegou a cair 0,55%, a 5,1968 reais na venda.

Na B3, às 9:38 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,49%, a 5,2465 reais.

Dados de Índice de Gerentes de Compras (PMI) mostraram nesta quarta-feira que a atividade manufatureira da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de uma década em fevereiro, superando expectativas após o fim das severas medidas de isolamento social contra a Covid-19.

Na esteira dos dados, que afastam temores sobre uma recessão global, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes caía cerca de 0,7% nesta manhã. Ao mesmo tempo, várias divisas de países expostos à demanda da China --como Austrália, África do Sul, México e Chile-- avançavam frente à moeda norte-americana, movimento que contaminava o Brasil.

"A notícia (do PMI chinês) é boa tanto para commodities como para países emergentes como o Brasil, os quais contam com a China para compensar a redução de ímpeto da atividade econômica nos desenvolvidos, devido ao aperto monetário", escreveu Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Apesar do apetite por risco externo, a valorização do real era limitada pela permanência de algum desconforto de investidores com o cenário doméstico, mesmo depois que o governo anunciou na véspera uma reoneração de gasolina e etanol.

A volta dos tributos, embora fosse vista como uma vitória de Haddad em seu esforço para reduzir o déficit fiscal do ano, desagradou alguns participantes do mercado por ser apenas parcial nos primeiros quatro meses, sendo compensada por uma taxação das exportações de petróleo e redução nos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras.

Segundo agentes financeiros, Haddad também impactou negativamente o sentimento local ao dizer na véspera que o Banco Central deveria reagir às recentes medidas fiscais com cortes de juros, reforçando críticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao patamar da taxa Selic, atualmente em 13,75%.

No mês passado, o dólar saltou quase 3% frente ao real, em parte impulsionado pelos ataques da atual gestão à condução da política monetária.

Vieira, da Infinity, disse que apenas a reoneração de combustíveis não é suficiente para compensar a ausência de um arcabouço fiscal, e acrescentou que "resta agora aguardar os próximos movimentos do governo e os planos fiscais, pois a elevação de impostos neste momento foi de suma importância para não contaminar as expectativas de inflação".

Haddad deve apresentar neste mês o plano de uma nova estrutura para as contas públicas.