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Dólar fica abaixo dos R$ 5 após tom duro do Copom

***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 24.01.2019 - Still de mão segurando cédulas de dólar. (Foto: Gabriel Cabral/Folhapress)
***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 24.01.2019 - Still de mão segurando cédulas de dólar. (Foto: Gabriel Cabral/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar apresentava grande queda na abertura desta quinta-feira (2), oscilando abaixo dos R$ 5, depois que o Banco Central decidiu na véspera manter a Selic (taxa básica de juros) em 13,75% ao ano.

O tom duro do órgão ao justificar sua decisão, alertando para a incerteza fiscal e a pressão inflacionária, foi lido por analistas como um sinal de que os juros não devem cair neste ano -tornando, assim, a moeda brasileira atraente para investidores estrangeiros.

Às 10h35, o dólar à vista recuava 1,35%, sendo vendido a R$ 4,99.

Na véspera, a moeda norte-americana à vista fechou em queda de 0,25%, a R$ 5,06 na venda, patamar de encerramento mais baixo desde 4 de novembro passado (R$ 5,05).

O recuo do dólar foi impulsionado também pela decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto, uma desaceleração em relação a aumentos anteriores para o combate à inflação.

"A ideia de que os juros não vão cair tão cedo ganha cada vez mais força e evidência prática, e o fluxo para o mercado local tende cada vez mais a aumentar", disse à Reuters Bruno Mori, planejador financeiro pela Planejar, destacando o amplo espaço entre os patamares de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Quanto maior o diferencial entre os custos dos empréstimos domésticos e internacionais, mais atraente fica o real para uso em estratégias de "carry trade", que consistem na contratação de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em praça mais rentável. Desta forma, a manutenção da Selic no nível elevado atual e um arrefecimento do aperto monetário do Fed jogam a favor da divisa brasileira.

Para além do fator juro, alguns investidores apontaram o resultado das eleições para as lideranças do Congresso como um suporte adicional para o real, depois que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu o que queria ao ver reeleitos Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado.

"Câmara e Senado consolidaram condições de governabilidade melhores, isso é super positivo para a questão da atividade (econômica)", disse Mori, que também citou uma reabertura econômica na China como outro impulso para a divisa doméstica e outras moedas de países emergentes.

O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de março de 2023.