Mercado abrirá em 22 mins
  • BOVESPA

    100.998,13
    +75,24 (+0,07%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    52.652,65
    +727,04 (+1,40%)
     
  • PETROLEO CRU

    69,38
    -0,29 (-0,42%)
     
  • OURO

    1.944,20
    +3,10 (+0,16%)
     
  • Bitcoin USD

    28.257,19
    +222,14 (+0,79%)
     
  • CMC Crypto 200

    616,60
    +11,55 (+1,91%)
     
  • S&P500

    4.002,87
    +51,30 (+1,30%)
     
  • DOW JONES

    32.560,60
    +316,02 (+0,98%)
     
  • FTSE

    7.544,84
    +8,62 (+0,11%)
     
  • HANG SENG

    19.591,43
    +332,67 (+1,73%)
     
  • NIKKEI

    27.466,61
    +520,94 (+1,93%)
     
  • NASDAQ

    12.839,00
    -28,25 (-0,22%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,6711
    +0,0346 (+0,61%)
     

Dólar tem viés negativo frente ao real com expectativa por arcabouço fiscal

Homem entra em casa de câmbio em São Paulo cuja fachada é decorada com imagens de notas de dólar

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar estendia suas perdas para uma segunda sessão consecutiva frente ao real nesta quinta-feira, embora caísse a ritmo bem mais lento e mostrasse alguma instabilidade no sinal, com participantes do mercado dando o benefício da dúvida ao novo arcabouço fiscal do Brasil, a ser apresentado pelo governo ainda em março.

Enquanto isso, investidores ficavam à espera de um importante relatório de emprego norte-americano previsto para sexta-feira.

Às 10:06 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,17%, a 5,1306 reais na venda.

Na B3, às 10:06 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a 5,1545 reais.

O viés negativo do dólar nesta manhã vinha depois de, na véspera, a moeda norte-americana à vista já ter tombado 1,05%, a 5,1391 reais na venda.

"A tentativa do governo de aparecer com a sinalização de conseguir entrar a fundo neste mês no programa de controle de gastos fez o dólar baixar forte", disse Fabrízio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.

Agentes financeiros têm dado o benefício da dúvida ao plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para sustentar as contas públicas, com muitos argumentando que, independentemente do desenho do arcabouço, apenas a maior visibilidade fiscal já colabora para melhorar a confiança de investidores domésticos.

Também tem trazido maior calma aos operadores o recente esfriamento nas tensões entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central, dizem profissionais. No mês passado, ataques do petista ao patamar da taxa Selic, atualmente em 13,75%, geraram forte turbulência no mercado financeiro.

Apesar da desvalorização recente do dólar, Velloni disse que a volatilidade deve ficar mais elevada na reta final desta semana devido à divulgação, agendada para a manhã de sexta-feira, dos dados de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA.

A leitura referente a fevereiro será analisada pelas autoridades do Federal Reserve em sua reunião de política monetária de março. Nesta semana, o chair do banco central, Jerome Powell, afirmou que o Fed está disposto a adotar altas de juros mais agressivas, de 0,50 ponto percentual, caso encontre novas evidências de que a economia não está arrefecendo o suficiente para reduzir a inflação.

"O 'payroll' pode deixar o mercado bem volátil entre hoje e amanhã, esperando esses números para ter uma direção um pouco mais clara de onde vai a economia e os juros, principalmente nos Estados Unidos", disse Velloni.