Custos de um ataque de ransomware pode ultrapassar sete vezes o valor do resgate
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Um ataque de ransomware nĂŁo termina quando os dados e sistemas travados sĂŁo liberados. Um levantamento apontou que os custos envolvidos em um golpe desse tipo podem ser atĂ© sete vezes mais do que o resgate pedido pelos criminosos, que na medida em que miram organizaçÔes cada vez maiores, transformam os valores em uma pequena parcela dos prejuĂzos que tambĂ©m envolvem tarefas de resposta e mitigação de incidentes, indisponibilidade de sistemas, custos de monitoramento e honorĂĄrios jurĂdicos.
A conclusĂŁo aparece em um levantamento da empresa de cibersegurança Check Point Research, que decidiu olhar para o outro lado dos incidentes cibernĂ©ticos que acontecem todos os dias. De acordo com a companhia, na medida em que os ataques se tornam mais frequentes e rĂĄpidos, aumenta o valor do resgate, mas tambĂ©m o impacto sobre as corporaçÔes atingidas e o chamado âcusto colateralâ.
O estudo estabeleceu uma relação inversa entre o preços de resgate e os gastos gerais relacionados Ă s ocorrĂȘncias. A mĂ©trica de sempre continua valendo â quanto maior a companhia, mais caro o resgate â, mas o que os analistas notaram Ă© que o valor pedido Ă© um pequeno componente do custo total, ainda que varie de 0,7% a 5% da receita anual. Tais questĂ”es, tambĂ©m, aumentam a possibilidade de pagamento, jĂĄ que os prejuĂzos envolvidos em uma parada longa podem ser muito maiores.
âO resgate pago nĂŁo Ă© o nĂșmero chave no ecossistema de ransomwareâ, aponta Sergey Shykevich, gerente do grupo de inteligĂȘncia de ameaças da Check Point Software, que cita os outros aspectos financeiros e de reputação como essenciais para o planejamento e realização de golpes. âĂ notĂĄvel o quĂŁo sistemĂĄticos esses cibercriminosos sĂŁo. Nada Ă© casual e tudo Ă© definido de acordo com estes fatores.â
O levantamento tambĂ©m leva em conta os custos envolvendo seguros, que podem variar de US$ 30 milhĂ”es atĂ© US$ 275 milhĂ”es de acordo com a categoria de risco de cada corporação. SĂŁo valores que tambĂ©m acabam sendo levados em conta na hora da extorsĂŁo pelos cibercriminosos, com um dos casos avaliados pela Check Point, por exemplo, resultando em mais de US$ 700 milhĂ”es em custos envolvendo a renda perdida durante um perĂodo de ataque e os esforços de correção e resposta.
SĂŁo fatores que explicam a queda no perĂodo mĂ©dio de realização de um ataque, que em 2021, caiu de 15 para nove dias. Ă o tempo pelo qual os criminosos ficam na rede realizando anĂĄlises e verificando pontos de comprometimento antes de iniciarem o travamento dos terminais, com a ideia geral, novamente, sendo a que um golpe rĂĄpido e doloroso ajuda a garantir pagamentos mais altos e rĂĄpidos.
Hoje, uma em cada 61 empresas do Brasil Ă© afetada semanalmente por um ataque de ransomware, um aumento de 45% em relação ao primeiro trimestre de 2022. No mundo, esse total cresceu 24%, com uma em cada 53 corporaçÔes se tornando um alvo; a expectativa, claro, Ă© que esses nĂșmeros apenas cresçam ao longo dos prĂłximos meses.
Para evitar valores nas alturas, a recomendação dos especialistas Ă© o trabalho com antecedĂȘncia, usando sistemas de inteligĂȘncia e monitoramento de ameaças. Planos de resposta, treinamentos e orientaçÔes sobre ataques de ransomware devem ajudar as corporaçÔes a economizarem quando um incidente efetivamente acontecer, seja pela mitigação ou pelo retorno mais ĂĄgil das atividades.
Fonte: Canaltech
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