Mercado abrirá em 39 mins
  • BOVESPA

    103.713,45
    +1.920,93 (+1,89%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    54.198,94
    +315,99 (+0,59%)
     
  • PETROLEO CRU

    74,85
    +0,48 (+0,65%)
     
  • OURO

    1.997,00
    -0,70 (-0,04%)
     
  • Bitcoin USD

    27.879,85
    -740,84 (-2,59%)
     
  • CMC Crypto 200

    610,31
    -8,93 (-1,44%)
     
  • S&P500

    4.050,83
    +23,02 (+0,57%)
     
  • DOW JONES

    32.859,03
    +141,43 (+0,43%)
     
  • FTSE

    7.638,03
    +17,60 (+0,23%)
     
  • HANG SENG

    20.400,11
    +90,98 (+0,45%)
     
  • NIKKEI

    28.041,48
    +258,55 (+0,93%)
     
  • NASDAQ

    13.075,25
    -6,75 (-0,05%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,5249
    -0,0307 (-0,55%)
     

Covid longa: 3 a cada 5 pacientes apresentam danos em órgãos após um ano

Em um pequeno estudo, cientistas britânicos identificaram que a covid longa provoca danos duradouros aos órgãos de três a cada cinco pacientes um ano após a infecção. A descoberta sobre o quão durador é o quadro acende um sinal vermelho para este lado ainda pouco conhecido da covid-19 e indica a necessidade de novos tratamentos e formas de triagem para a condição.

No Reino Unido, mais de 1,2 milhão de pessoas convivem com os sintomas e desdobramentos da covid longa por 12 meses ou mais, segundo o último levantamento do Instituto Nacional de Estatísticas Britânico. Nos Estados Unidos, pesquisadores relacionam a condição com inúmeros desafios para a economia e o mercado de trabalho, para além da saúde pública. No Brasil, não existem estatísticas oficias.

Impactos da covid longa nos órgãos dos pacientes

Publicado na revista científica Journal of the Royal Society of Medicine, o estudo sobre os impactos duradouros nos órgãos de pacientes com a covid longa foi desenvolvido por pesquisadores da University College London (UCL). Durante a pesquisa, o grupo monitorou 536 indivíduos, com idade média de 45 anos, entre 2020 e 2021, quando as vacinas ainda não estavam amplamente disponíveis. Todos estavam com a condição há pelo menos seis meses e passaram por pelo menos uma ressonância magnética que avaliava a saúde dos órgãos afetados.

Covid longa pode afetar de forma duradoura os órgãos dos pacientes (Imagem: IciakPhotos/Envato)
Covid longa pode afetar de forma duradoura os órgãos dos pacientes (Imagem: IciakPhotos/Envato)

Entre os sintomas dos pacientes do estudo, os sintomas da covid longa mais comuns foram:

  • Dispneia (falta de ar);

  • Disfunção cognitiva;

  • Redução geral no nível de qualidade de vida.

Um ponto importante é que o estudo não associou a covid longa com a hospitalização dos pacientes durante a fase aguda da doença, como o senso comum supõe. Em números, apenas 13% dos voluntários considerados na pesquisa foram internados.

Descobertas sobre a condição

Ao analisar os exames e os dados clínicos, os pesquisadores identificaram que 331 participantes (62%) apresentavam danos duradores em algum órgão. Este grupo específico continuou a ser acompanhado e, após seis meses, os voluntários passaram por uma segunda ressonância magnética. Dessa forma, os cientistas identificaram que 59% dos participantes continuavam a apresentar danos nos órgãos.

"Três em cada cinco pessoas com covid longa apresentam comprometimento em pelo menos um órgão, e uma em cada quatro apresenta comprometimento em dois ou mais órgãos, em alguns casos sem sintomas", afirmam os autores. "O impacto na qualidade de vida e nos afastamentos do trabalho, principalmente nos profissionais de saúde, é uma grande preocupação para indivíduos, sistemas de saúde e economias", complementam.

Quais órgãos são mais afetados pela covid longa?

A seguir, confira os seis órgãos mais afetados em pacientes com covid longa há mais de um ano, segundo a pesquisa britânica:

  1. Fígado;

  2. Coração;

  3. Rim;

  4. Pâncreas;

  5. Pulmões;

  6. Baço.

Hoje, os pesquisadores ainda não sabem se os comprometimentos observados serão permanentes e nem se algum nível de melhora poderá ser captado no futuro. Neste ponto, os pacientes com a covid longa ainda devem ser monitorados, o que irá ajudar a dimensionar o novo desafio para a saúde pública. Também não se sabe como as vacinas e as novas variantes, como as descendentes da Ômicron, modificam essa relação de risco.

Fonte: Canaltech

Trending no Canaltech: