Covid-19: vigilância de esgoto pode ajudar a entender transmissão
A vigilância de águas residuais (vulgo esgoto) pode ser uma forma de identificar tendências na transmissão da covid-19, e por sua vez, antecipar possíveis ameaças de ondas da doença. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais de 60 países, incluindo vários nas Américas, estão usando o monitoramento de águas residuais para rastrear o SARS-CoV-2 em comunidades.
A organização ressalta que laboratórios na Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Colômbia, Equador, México, Peru e Estados Unidos estão entre os que usam o método para monitorar o vírus nas Américas. No último dia 29, inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ofereceu aconselhamento aos países sobre amostragem e testes para detectar o vírus SARS-CoV2 no esgoto.
Segundo Enrique Perez, um dos diretores da OPAS, a amostragem e testes sistemáticos de águas residuais não tratadas podem ser uma forma complementar e não invasiva de monitorar a presença do vírus. No entanto, ainda é importante manter outros métodos de vigilância.
Esse método de vigilância de águas residuais já foi aplicado a patógenos como poliovírus ou enterovírus, e usado para testar a presença de bactérias resistentes a antibióticos. Na prática, a técnica envolve testes de PCR para detectar o material genético do vírus nos esgotos, para detectar partículas e, eventualmente, fornecer sinais de alerta sobre o aumento da transmissão em um determinado local.
De acordo com um relatório da Rockefeller Foundation, 38% das agências locais de saúde pública monitoraram as águas residuais na pandemia de covid-19, mas apenas 21% delas planejam continuar, sob o argumento de que é o fator menos influente no gerenciamento de pandemia, pouco considerado na hora de tomar decisões.
Em contrapartida, um relatório governamental dos EUA chegou a apontar que a vigilância de águas residuais tem potencial para ser uma ferramenta primordial para preservar a saúde pública no país em questão, apesar da necessidade de "desenvolvimento adicional", cientificamente falando.
Fonte: Canaltech
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