Conheça Caio Paes de Andrade, o quarto presidente da Petrobras da era Bolsonaro
A Petrobras aprovou nesta segunda-feira o nome de Caio Paes de Andrade;
O governo federal havia feito a indicação há mais de um mês;
Paes de Andrade atuava como secretário de desburocratização do Ministério da Economia.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta segunda-feira (27), a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal. É o quarto nome a presidir a companhia durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Indicado há mais de um mês pelo governo federal para assumir o comando da Petrobras, o nome do atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia tinha esbarrado nos trâmites legais definidos para a substituição.
No currículo de Paes de Andrade consta: formação em comunicação social pela Universidade Paulista, pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard e é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.
Quanto à experiência profissional, o quarto presidente da Petrobras da era Bolsonaro já foi diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública de tecnologia de informação responsável, por exemplo, pela triagem dos cadastros do Auxílio Emergencial.
Antes de entrar para a área pública em 2019, Paes de Andrade liderou mais de 20 processos de M&A (fusões e aquisições) e é fundador e conselheiro do Instituto Fazer Acontecer, organização com foco na transformação social de crianças e adolescentes do semiárido baiano com base no esporte.
O Comitê de Elegibilidade da Petrobras decidiu, por maioria, que Andrade preenche requisitos e não tem vedações para assumir os cargos de conselheiro e presidente da empresa.
Uma das vozes contrárias à indicação foi a do presidente do grupo, o conselheiro Francisco Petros. Na visão do executivo, a formação acadêmica de Andrade não é "em nada relacionada" às atividades da empresa.
"Muito embota tenha estudado em renomadas universidades norte-americanas, o que é louvável, a combinação deste inegável mérito com a correspondente experiência profissional está a meu juízo, muito aquém às necessidades de governança e gestão da Petrobras," disse Petros.