Confira edital para mulheres periféricas empreenderem em 2022
Mulheres no Corre: projeto vai selecionar 18 empreendedoras que moram nas periferias de São Paulo;
Ação visa fortalecer o trabalho de mulheres que não podem arcar pelo serviço;
60% de negócios periféricos não conseguem vaga em processos de aceleração de empresas.
Não é fácil manter um negócio próprio, ainda mais quando o empreendimento não recebe o aporte de heranças e patrocínios. Para divulgar e ampliar os serviços e produtos oferecidos, é necessário realizar um planejamento estratégico e ações de marketing que fortaleçam a marca.
Pensando nisso, o projeto "Mulheres no Corre" lançou um edital para selecionar empreendedoras periféricas que precisam melhorar a comunicação das empresas, mas não têm dinheiro para arcar com o serviço.
Nos últimos dois anos, 25 mulheres foram contempladas com o projeto, que até então tinha o enfoque na produção de fotos e gravações institucionais. Agora, os grupos participantes passarão a receber videoaulas voltadas para diferentes setores do empreendedorismo, recebendo suporte para alcançar a independência de gerenciamento do negócio.
“Quando estamos dentro da periferia e da casa dessas mulheres, fotografando e criando um projeto visual para que ela e o seu negócio se destaquem nas redes sociais, passamos a perceber que existem dores no gerenciamento de uma microempresa que vão além da visibilidade. Por isso, resolvi ampliar o Mulheres no Corre para transmitir, de forma filantrópica, mais conhecimento e independência para esse grupo de mulheres”, afirma Ana Paula Silva, CEO do projeto e fotógrafa lifestyle.
As aulas serão compostas por módulos que abordam desde administração financeira até branding e mídias sociais. Ao final do curso, 3 mulheres ganharão uma sessão gratuita de fotos para utilizar na divulgação dos produtos e serviços que oferecem.
As inscrições vão até o dia 10 de junho, através do formulário.
6 a cada 10 empreendedores da periferia não conseguem vaga em processo de aceleração
Além das dificuldades geográficas e financeiras, quem empreende nas periferias também encontra obstáculos em processos de aceleração, incubação e capacitação.
O Estudo Sobre Empreendedorismo da Periferia de São Paulo, realizado pelo Quintessa, aponta que 6 a cada 10 pessoas que mantém um negócio em algum bairro periférico já buscou por esses programas e não conseguiu uma vaga.
A pesquisa ainda aponta que grande parte das empresas promissoras são lideradas por mulheres e buscam solucionar problemas locais. Entre os negócios mapeados, 39% são formados por apenas uma pessoa e a maioria tem menos de dois anos de existência.