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Concessões de empréstimos para empresas caem 24,8% em janeiro, diz BC

*ARQUIVO* BRASÍLIA, DF, BRASIL, 11.01.2022 - Fachada do Banco Central do Brasil, em Brasília. Autarquia analisa projetos para criação de uma moeda digital. (Foto: Antonio Molina/Folhapress)
*ARQUIVO* BRASÍLIA, DF, BRASIL, 11.01.2022 - Fachada do Banco Central do Brasil, em Brasília. Autarquia analisa projetos para criação de uma moeda digital. (Foto: Antonio Molina/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - As concessões de empréstimos para empresas com recursos livres -em que as taxas são negociadas livremente entre bancos e clientes- somaram R$ 181,6 bilhões em janeiro. O valor representa um recuo de 24,8% em relação a dezembro de 2022, quando foram concedidos R$ 241,4 bilhões, informou o Banco Central nesta segunda-feira (27).

Já o saldo de crédito para clientes corporativos nos recursos livres caiu 3,5%, de R$ 1,4 trilhão em dezembro de 2022 para R$ 1,357 trilhão em janeiro deste ano. No total, incluindo crédito direcionado (aquele que possui parâmetros regulamentados pelo governo), houve queda de 2,4%, para R$ 2,094 trilhões (ante R$ 2,145 trilhões).

Os dados foram divulgados em meio ao temor crescente com a possibilidade de uma crise de crédito no país, puxada pelo alto patamar dos juros -hoje a taxa básica (Selic) está em 13,75% ao ano- e pelcaso das Americanas.

Apesar da redução no crédito a empresas no primeiro mês deste ano, o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que o impacto do caso da varejista nas estatísticas de janeiro ainda é "incipiente".

"É muito cedo para dizer. O primeiro anúncio do caso das Americanas aconteceu por volta de 9 de janeiro [divulgação foi em 11 de janeiro], então, pegamos todas as concessões ocorridas no mês, o saldo no final de janeiro, o impacto ainda é incipiente, muito inicial", disse.

"O que a gente viu nos dados de janeiro é que a redução do crédito para pessoas jurídicas tem um forte caráter sazonal", acrescentou. O técnico do BC aponta que há uma tendência de crescimento de liberação de crédito ao final de cada trimestre e uma reversão com queda no início de cada trimestre seguinte.

"As principais modalidades que tiveram redução no saldo dentro das operações do crédito livre com pessoas jurídicas foram aquelas que apresentam comportamento sazonal, principalmente relacionadas à antecipação de recebíveis, seja por desconto de duplicatas e recebíveis, seja a antecipação de fatura do cartão de crédito", destacou.

O BC mostrou também que o estoque total de crédito no Brasil caiu 0,3% no mês, a R$ 5,317 trilhões. Já as concessões totais de empréstimos para empresas e famílias no Brasil recuaram 15,3% em janeiro deste ano em relação a dezembro de 2022, informou também o BC.

A inadimplência total no segmento de recursos livres ficou em 4,5% em janeiro, contra 4,2% no mês anterior. Em 12 meses, houve um aumento significativo de 1,2%.

Apenas entre pessoas jurídicas, a inadimplência atingiu 2,3% no primeiro mês deste ano, aumento de 0,2% na comparação com dezembro de 2022.

Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda passou a emitir alertas mais contundentes sobre a possibilidade de uma crise de crédito no país. O caso Americanas, varejista que pediu recuperação judicial em janeiro após revelar problemas contábeis, também contribui ao ampliar a aversão dos bancos em conceder crédito.

Para uma ala de economistas, os riscos para a atividade econômica, o aumento da inadimplência e os sinais de maiores dificuldades financeiras enfrentadas por empresas podem levar o BC a reavaliar seu cenário com a antecipação do corte da Selic.

Já outros consideram que o risco fiscal -traduzido na expansão de despesas e na ausência de um desenho concreto do novo arcabouço de gastos- e a inflação resiliente ainda são preponderantes e inspiram cautela, justificando a manutenção da política monetária adotada pelo BC.