Compra de iPhone 13 equivale a 14 salários mínimos
(Getty Creative)
Valor do modelo mais caro do iPhone 13 equivale a mais de 14 salários mínimos
Preço no Brasil é o mais caro do mundo
Para adquirir uma versão mais barata, de 128 GB, brasileiro precisa trabalhar por 7 meses
Não está fácil adquirir um iPhone 13, lançado pela Apple na semana passada. O Brasil cobra o valor mais caro do mundo em determinados modelos e para alguns brasileiros conquistarem o smartphone top de linha seria necessário juntar 14 meses de salário – sem gastar nenhum tostão.
É o que aponta uma pesquisa da Cuponation, plataforma online de descontos. Com o produto da Apple custando até R$ 15.499 na versão mais completa, com 1 TB de armazenamento, o trabalhador que ganha um salário mínimo de R$ 1.100 precisa trabalhar um ano, dois meses e mais alguns dias para quitar a compra.
O preço do iPhone representa 1.309% a mais que um salário mínimo. O Brasil atingiu um recorde no número de pessoas que sobrevivem com esse valor por mês, chegando a 30,2 milhões, segundo um estudo da IDados.
Com relação a um modelo mais barato do iPhone 13, com versão de 128 GB de armazenamento, o comprador teria que trabalhar sete meses, metade do estimado para a versão mais cara. Nesse tempo, seria possível juntar R$ 7.700 e guardar R$ 101, já que o aparelho custa R$ 7.599.
Celular ou carro?
Com o preço do iPhone 13 no Brasil, dá para soltar a imaginação com relação a tudo que é possível comprar. A lista inclui até mesmo carros e motos.
Com os R$ 15.499, modelos como Monza, Prêmio S, Apollo, Escort e Kadett podem ser adquiridos e ainda com a tendência de virarem itens de colecionador. Também seria possível adquirir duas motos 0km da Shineray, que está trazendo um novo modelo – com visual retrô e focado em quem pilota o dia inteiro – por apenas R$ 7.290. E detalhe: ainda sobra para a poupança!
Calcula-se que os altos preços cobrados por aqui tenham a ver, em parte, com as pesadas cargas tributárias. Nos Estados Unidos, cujos preços são os mais baratos do mundo, algumas versões saem pela metade do cobrado no Brasil – já com a conversão monetária feita.