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Como uma executiva contribuiu para a queda do CEO da Disney

Disney: CFO, Christine McCarthy foi vital para o retorno de Bob Iger ao comando da empresa (PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images)
Disney: CFO, Christine McCarthy foi vital para o retorno de Bob Iger ao comando da empresa (PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images)
  • Embate entre Bob Chapek e Christine McCarthy possibilitou o retorno de Bob Iger;

  • Na visão dos investidores e do conselho, comando de Chapek foi repleto de erros;

  • Poucos dias após uma ligação de McCarthy, Bob Iger estava de volta como CEO da Disney.

A súbita saída de Bob Chapek do comando da Disney, e o surpreendente retorno de Bob Iger, antigo CEO da empresa, foi um dos movimentos empresariais mais imprevisíveis do ano. Agora, revelações sobre o movimento nos bastidores da empresa podem causar ainda mais espanto no público.

Uma nova reportagem do Wall Street Journal apontou que a partida de Chapek foi calculada e planejada por executivos do alto escalão da empresa, em especial pela diretora financeira Christine McCarthy. Segundo o jornal, um telefone no dia 16 de novembro da executiva afirmando de que estava "farta do desempenho e da liderança de Chapek" foi fundamental para o retorno de Iger.

A troca de lideranças foi causada, na visão dos investidores e dos executivos da Disney, por uma série de erros cometidos pelo antigo CEO, como na sua resposta à pandemia de COVID-19, ao se envolver com controvérsias políticas e na estruturação interna da empresa. Nos últimos meses, também houve protestos dos clientes sobre os aumentos de preços nos parques temáticos da Disney.

As coisas, no entanto, se definiram quando Chapek bateu de frente com McCarthy, uma devota à empresa "que, durante uma batalha contra o câncer, frequentemente voltava ao escritório direto das sessões de quimioterapia”, apontou o jornal. Dentre as decisões do antigo CEO que abalaram o executivo está a estratégia de programação destinada a "proteger" as perdas do setor de streaming da empresa.

Em outubro deste ano, as relações entre os dois estavam tão desgastadas que ele não a convidou para uma reunião do conselho. A publicação afirmou também que ele também disse aos executivos que ela havia “perdido o foco”, distraída com a saúde precária do marido e se tornado “instável” – comentários que mais tarde chegaram a McCarthy.

O conselho administrativo da Disney, preocupado com os maus resultados financeiros da empresa e com a drástica queda no valor das ações, que em 20 meses passaram de US$ 201,91 (R$ 1 052,60) para US$ 86,75 (R$ 452,25), estava considerando a substituição de Chapek por Mark Parker, membro do conselho da Disney e ex-chefe de longa data da Nike.

Em 16 de novembro, McCarthy decidiu resolver o problema com as próprias mãos. Ela ligou para Iger, um dos CEOs mais bem sucedidos na história da empresa, e avaliou o interesse em voltar ao comando da companhia. O executivo, que se cansou da direção da empresa e de sua vida mais lenta após o cargo de CEO da Disney, disse que queria voltar.

Em 20 de novembro, Susan Arnold, presidente da Disney, disse a Chapek que ele estava fora e, uma semana depois, Iger estava de volta à sede da Disney em Burbank, Califórnia, discursando para os funcionários.