Combate à evasão fiscal é opção de política pública, diz francês especialista em grandes fortunas

AFP - FRANCOIS WALSCHAERTS

O economista francês Gabriel Zucman, de 36 anos, é o novo vencedor da prestigiosa medalha John Bates Clark, concedida pela American Economics Association a jovens economistas promissores. Zucman, discípulo de Thomas Piketty, foi recompensado por seus trabalhos sobre a evasão fiscal e o aumento da desigualdade no mundo. Em entrevista exclusiva à RFI, ele analisa os avanços recentes nessas áreas e oferece várias ideias para uma maior justiça social.

Entrevista concedida a Bruno Faure, da RFI

Zucman defendeu há 10 anos a tese Três ensaios sobre a distribuição global de fortunas, dirigida por Piketty, na Paris School of Economics (PSE). Foi professor na London School of Economics, antes de se instalar nos Estados Unidos, onde leciona na Universidade da Califórnia. Em 2017, seu livro A riqueza oculta das nações: investigação de paraísos fiscais se tornou um best-seller.

Ao vencer a medalha John Bates Clark – quase sempre atribuída a economistas americanos –, o francês junta-se a grandes nomes dos estudos econômicos como James Tobin, Joseph Stiglitz, Milton Friedman ou, mais recentemente, a franco-americana Esther Duflo, Prêmio Nobel de Economia em 2019.

Atribuída pela Associação Econômica Americana, a Medalha John Bates Clark distingue um economista com menos de quarenta anos que tenha contribuído significativamente para o pensamento e conhecimento econômico.

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