Com defasagem de 13%, preço da gasolina pode subir a qualquer momento
(Getty Images)
Preço do litro da gasolina acumula diferença de 13% em relação ao mercado internacional;
Último reajuste foi feito em 11 de março pela Petrobras;
Novo aumento é esperado para equiparar os preços.
O preço do litro da gasolina, há 82 dias congelado nas refinarias da Petrobras, já possui uma diferença de 13% em relação aos preços internacionais. O último reajuste ocorreu no dia 11 de março, quando o preço médio subiu 18,8% ou R$ 0,61 por litro.
Este é o maior intervalo sem reajustes em, pelo menos, dois anos e meio. Apesar dos preços do combustível estar nas alturas nos postos de todo o país, eles podem aumentar ainda mais por estarem defasados com relação ao mercado internacional.
Em contrapartida, o diesel registra defasagem média de 6%, após o último reajuste ser realizado em 10 de maio. A média do litro passou de R$ 4,51 para R$ 4,91.
O aumento da diferença reflete uma nova escalada de preços do petróleo e derivados no exterior. Na terça-feira (31), o barril do Brent chegou a encostar nos US$ 120, mas caiu para US$ 117 nesta quarta-feira (1). O câmbio do dólar, que aumentou no começo deste mês, voltou a impactar negativamente os preços das importações.
Preço do combustível vai subir?
Conforme divulgado pela Época Negócios, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que, caso a Petrobras queira equiparar os preços nacionais aos internacionais, terá que aumentar a gasolina em R$ 0,56 e o diesel em R$ 0,33.
Tal reajuste pode muito bem acontecer a qualquer momento, já que a defasagem impede que as importações sejam realizadas por médios e pequenos produtores, o que aumenta o risco de desabastecimento no país.
Apesar de especialistas acreditarem que o Brasil não sofre com falta de diesel por enquanto, espera-se que o presidente da estatal, José Mauro Coelho, alinhe os preços para evitar o desabastecimento.