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Cofundador da Apple quer usuários pagando por privacidade

Steve Wozniak, cofundador da Apple, defendeu nesta quarta-feira (20) um modelo digital no qual os usuários têm a opção de pagar uma quantia mensal para que as empresas não utilizem seus dados para hábitos de monitoramento ou fins publicitários. (REUTERS/ Juan Medina) (REUTERS)
  • Cofundador da Apple defendeu que usuários deveriam pagar por privacidade

  • Modelo é criticado por fundação, que pede privacidade para todos os usuários sem custo

  • Steve Wozniak defende leis regulatórias para a internet

Steve Wozniak, cofundador da Apple, defendeu nesta quarta-feira (20) um modelo digital no qual os usuários têm a opção de pagar uma quantia mensal para que as empresas não utilizem seus dados para hábitos de monitoramento ou fins publicitários.

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“Eu forneço dados sobre minha vida, sobre o que estou fazendo, para onde estou indo, com quem estou saindo. Isso deve ser privado. Esses são meus dados”, disse Wozniak em palestra virtual promovida pela CNI (Confederação Nacional da Indústria, em inglês).

Essa ideia, que ficou conhecida como pagamento por privacidade, existe há alguns anos na comunidade técnica da internet, à medida que empresas de tecnologia começaram a lucrar como nunca e, ao mesmo tempo, gerou escândalos com o uso e compartilhamento indevido de dados.

O modelo de pagamento por privacidade é ironicamente criticado pela EFF (Fundação Fronteira Eletrônica, em inglês), uma organização de defesa dos direitos na Internet fundada por nomes como Wozniak.

A organização se opõe a essa dinâmica porque criaria uma divisão entre quem pode e quem não pode pagar pela privacidade e transformaria um direito em moeda de troca em um sistema sem respaldo. Segundo a defesa da ativista Hayley Tsukayma, o caminho seria uma regulamentação sólida e homogênea para todas as empresas.

“Devemos implementar políticas de privacidade que protejam a todos, não esquemas de exploração que tratam as pessoas de baixa renda como cidadãos de segunda classe”, disse ele em um texto publicado pela organização no ano passado.

Wozniak defende leis regulatórias para a internet

Nesse campo, também circula a ideia de dividendos de dados, defendida por especialistas do Fórum Econômico Mundial. Em termos gerais, o argumento é: como as pessoas não deixarão de usar o Facebook ou o Google, é justo que recebam uma recompensa financeira pelo fornecimento de suas informações.

Claro, as empresas devolvem um produto quando usam um dado, seja o WhatsApp, o mecanismo de busca do Google ou uma rede social. Um dos problemas é que, ao longo dos anos, o valor desses dados ficou mais barato que o lucro do setor, que tem poucos concorrentes.

As grandes tecnologias se tornaram as empresas mais ricas do mundo, com poucos concorrentes, estruturadas em torno de modelos de captura de dados massivos e oferecendo pouco poder de barganha aos "clientes". O usuário pode até alterar as configurações de privacidade, mas isso tem um limite. Ele também, neste ponto, enfrentará todos os tipos de obstáculos sociais quando não usar mais o Google ou o WhatsApp.

Embora o modelo pareça justo, ele colocaria a privacidade como um produto quando for um direito. Caberia também ao setor privado, sem muita transparência, determinar quanto valeria cada informação.