Cientistas testam remédio para tosse como tratamento contra Parkinson
Pesquisadores da University College London (UCL) planejam testar um remédio para tosse como tratamento para a doença de Parkinson. Trata-se do ambroxol, destinado a conter doenças respiratórias e eliminar o muco. O medicamento também é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias. A ideia é que o estudo sobre eficácia comece ainda neste primeiro semestre de 2023.
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Anteriormente, os pesquisadores testaram o ambroxol em pessoas com Parkinson e descobriram que o medicamento pode atingir o cérebro e aumentar os níveis de uma proteína conhecida como GCase (glucocerebrosidase), que permite que as células removam proteínas residuais. Esse estudo mostrou que o ambroxol era seguro para pacientes diagnosticados com Parkinson.
Essa próxima fase deve contemplar 330 pessoas com Parkinson, que tomarão ambroxol durante dois anos. A eficácia do medicamento será medida por sua capacidade de retardar a progressão da doença usando uma escala que inclui qualidade de vida e movimento.
"Esta será a primeira vez que um medicamento aplicado especificamente a uma causa genética da doença de Parkinson atinge esse nível de teste e representa dez anos de trabalho extenso e detalhado em laboratório", afirmam os pesquisadores.
Ciência contra Parkinson
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial a partir dos 65 anos sofre com a doença. No Brasil, a estimativa é de 200 mil pessoas com Parkinson. Enquanto isso, o Ministério da Saúde, considera como a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais frequente no mundo, perdendo apenas para o Alzheimer.
Há muito a ciência vem buscando métodos para identificar e tratar a condição. Um estudo da USP já destacou a descoberta de uma nova substância que pode evitar a evolução da doença: trata-se de uma substância baseada em tirosina — um aminoácido que pode ser produzido naturalmente pelo organismo ou ser ingerido através de alimentos e suplementos — e age diretamente no TRPM2, um dos canais de entrada de cálcio nas células cerebrais.
Anteriormente, pesquisadores chineses inventaram um novo dispositivo capaz de simular um nariz eletrônico e rastrear casos da doença de Parkinson através do cheiro dos pacientes, de forma precoce. A ferramenta ainda está em fase de aprimoramento, mas os resultados iniciais são promissores, segundo a equipe.
Fonte: Canaltech
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