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Cientistas provam ligação entre desmatamento e diminuição das chuvas

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, demonstrou de forma inédita uma ligação entre o desmatamento e a diminuição da quantidade de chuva em florestas tropicais. Os cientistas esperam que seus resultados incentivem a proteção de áreas como a Amazônia.

A umidade de florestas tropicais estar ligada a evapotranspiração das plantas já era uma relação conhecida nesse tipo de ecossistema, porém, até hoje, nenhum estudo havia demonstrado a ligação entre o desmatamento e a queda na quantidade de chuva nestas regiões. A correlação encontrada é motivo de preocupação para os especialistas, já que ela pode significar uma chegada próxima da Amazônia a seu ponto crítico — um momento em que a floresta não seria mais capaz de se recuperar através da chuva que ela própria gera.

A metodologia do estudo consistiu na análise de imagens de satélite e dados meteorológicos no período de 2003 a 2017 para as florestas da Amazônia, do Congo e do sudeste da Ásia — todas na mesma faixa de latitude no globo terrestre. Os impactos do desmatamento foram observados mesmo em pequenas escalas, mas os efeitos foram mais evidentes em áreas entre 2.500 e 40.000 quilômetros quadrados. Nesta escala, cada 4% de floresta perdida significa menos 1% de chuva a cada mês.

Para Dominick Spracklen, um dos autores do estudo, publicado na revista Nature, o impacto das crescentes secas deve ser mais persuasivo para que governos e corporações ajam contra o desmatamento do que o papel das florestas no sequestro de carbono atmosférico. “Demonstrar o benefício local de manter as florestas em pé tem importantes implicações políticas,” diz o professor. “Espero que nosso trabalho forneça um incentivo para os tomadores de decisão conservarem as florestas tropicais.”

Menos chuva na floresta também a deixa mais vulnerável a queimadas e pode levar a perdas ainda maiores de cobertura vegetal. Além desses impactos na própria floresta, a redução na precipitação local deve impactar ainda a agropecuária da região, setor frequentemente associado com a derrubada das áreas florestais.

O estudo conclui que, no caso do Congo, a média de chuva mensal deve cair 16 milímetros até o final do século. Em todas as regiões estudadas, esse efeito na precipitação deve se estender por centenas ou até milhares de quilômetros a partir da floresta, com um impacto em colheitas estimado em 1,25% a menos de produtividade a cada 10% de perda florestal.

Fonte: Canaltech

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