China continua a comprar milho dos EUA e pressionar suprimentos
(Bloomberg) -- O clima seco no Brasil redireciona os fluxos comerciais e leva a China a comprar grãos dos Estados Unidos, o que impulsiona os preços globais.
O Brasil costuma ser o maior mercado para o milho nesta Ă©poca do ano, mas atrasos no plantio e a seca prejudicaram a safrinha. Como resultado, a China tem comprado regularmente milho dos EUA nas Ășltimas duas semanas, disseram pessoas a par do assunto.
As compras da China pressionam a oferta global e jĂĄ elevaram os preços ao nĂvel mais alto em oito anos. Isso tambĂ©m aumenta o custo de raçÔes para galinhas, suĂnos e vacas e gera temores de inflação dos alimentos.
Exportadores dos EUA venderam 680 mil toneladas de milho Ă China para entrega no ano comercial que começa em 1Âș de setembro, disse o Departamento de Agricultura dos EUA na terça-feira. Esse volume segue compras pesadas na segunda-feira e na semana passada. Muitas das vendas correspondem Ă safra dos EUA sendo plantada atualmente.
Historicamente, a China nĂŁo tem sido um grande importador de milho, mas agora seus plantĂ©is de suĂnos se recuperam mais rĂĄpido do que o esperado da peste suĂna africana. Fazendas profissionais estĂŁo substituindo as operaçÔes de menor porte, o que leva a uma maior demanda por grĂŁos para ração, jĂĄ que pequenos criadores tendem a alimentar porcos com restos de comida em vez de milho e farelo de soja.
Operadores acompanharão de perto o relatório mensal dos EUA sobre a oferta e demanda global na quarta-feira para ver quanto da demanda por ração estå sendo transferida para o trigo devido à disparada dos preços do milho, segundo relatório de Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.
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