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ChatGPT poderia ser usado para reproduzir conversas com pessoas mortas

O CEO da Somnium Space, Artur Sychov, disse que inteligências artificiais como o ChatGPT podem permitir a simulação de pessoas mortas para conversas no metaverso. Com a evolução incrível de tecnologias como o GPT-3.5 e GPT-4, seria possível recriar avatares digitais realistas e alimentados por IAs de conversa baseados na personalidade de entes queridos já falecidos.

A empresa de Sychov trabalha em uma ferramenta chamada Live Forever, cujo enfoque é criar personagens em um ambiente de realidade virtual para entregar a "vida eterna" aos usuários. Funciona de maneira bem simples: a pessoa entrega dados sobre alguém que será recriado digitalmente e viverá "para sempre" nos salões do metaverso.

A tecnologia recriaria todas as suas características físicas e psicológicas para permitir que filhos, netos e demais parentes possam conversar com você após a sua morte. Não se trata de uma imortalidade física, mas de uma possível maneira de atenuar o sofrimento das pessoas mais próximas, que poderiam papear eventualmente com alguém que já partiu.

Segundo Artur, a ideia é reproduzir a aparência, os movimentos e a voz da pessoa de modo incrivelmente real. "Você reconhecerá a pessoa. E talvez nos primeiros 10 minutos enquanto falasse com essa pessoa, você não saberia que, na verdade, é IA. Esse é o objetivo", explicou ao site Motherboard, em entrevista concedida em abril do ano passado.

ChatGPT pode acelerar recriação de pessoas no metaverso

Se no ano passado o CEO estimava o lançamento da ferramenta para cinco anos, agora a redução foi para dois anos ou menos. A tecnologia por baixo do chatbot da OpenAI, ChatGPT, seria a responsável por acelerar tudo, já que bastaria alimentar o modelo com dados de uma pessoa para conseguir emular suas atitudes em um personagem digital.

Sychov já teria até feito um experimento de instalar o chatbot em um avatar, tendo resultados incríveis com o teste (vídeo acima). O sucesso viria a partir da facilidade de controlar melhor o ambiente de atuação do chatbot. O ChatGPT é propositalmente amplo porque trabalha em um ambiente mundial, atendendo a todo tipo de pessoa, mas o bot do metaverso teria uma quantidade de dados muito mais restrita para lidar, incluindo perguntas de cunho mais fechado, o que permitiria uma simulação precisa de um ser humano.

A dificuldade pode vir no modelo de armazenamento adequado das compilações de dados. Ainda não está claro como eles pretendem lidar com a personalidade de cada avatar: se seria um banco de dados único ou se trabalhariam com segmentações para cada robô, o que obviamente daria muito mais trabalho, mas poderia apresentar resultados altamente realísticos.

Há também o caráter fúnebre de uma medida como essa, algo que nem todo mundo gostaria de lidar. Será que tendo um avatar "Live Forever", você não se sentiria preso a uma plataforma que pode sumir rapidamente? Seria sadio para a mente de uma pessoa manter conversas falsas com gente que já faleceu? Qual seria o custo dessa "imortalidade digital"?

Todas essas respostas devem levar algum tempo para serem respondidas, mas precisarão ser tratadas em algum momento. Fato é que as possibilidades de uso de IAs de conversação natural são incríveis, trazendo para debate até a possibilidade de se viver eternamente.

Fonte: Canaltech

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