Cesta de Natal aumenta 12% em 2021; principais vilões são carnes
Preço dos produtos que compõem a ceia tiveram alta de 11,8% em relação a 2020;
Preços das carnes são os vilões da "inflação de Natal";
Produto da ceia que mais encareceu foi o filé mignon, seguido pelo peru;
Neste fim de dezembro, a inflação, que acumulou alta de 9,26%, segundo o IPCA, e nos últimos doze meses, foi de 10,74%, também mostra os seus reflexos no feriado do Natal. Uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelada pela CNN Brasil sobre o preço dos produtos que compõem a ceia apontou uma alta generalizada de 11,8% em relação ao ano passado, acima da inflação do período.
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De acordo com a pesquisa, o produto que mais encareceu foi o filé mignon, com aumento registrado de 30,78% em comparação a 2020. O segundo lugar é ocupado com um prato típico do Natal, o peru, que teve alta de 23,83% no preço. Azeitona verde (23,76%), panetone (21,81%) e bacalhau (21,27%) também estão entre os produtos mais afetados pela inflação.
Especialista destaca aumento nos preços por conta da cadeia produtiva
De acordo com o economista Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, em entrevista à CNN Brasil, a alta se deve à cadeia produtiva: “Acaba acontecendo que a maioria desses produtos consumidos passam por etapas industriais. Essa indústria consome energia elétrica, frete de transportes, embalagens, que são elementos que sofreram aumentos e impacta na composição de custos desses itens”, explicou.
O economista Guilherme Moreira destacou ao canal que os poucos itens que registraram baixa nos preços em 2021 vieram de grandes altas no ano anterior. Por exemplo, o lombo de porco que teve queda de 7,7%. Fato que reflete na percepção da inflação pelos brasileiros, segundo a CNN Brasil. O canal revelou que uma pesquisa feita pela Ipsos em 30 países já havia revelado que o Brasil é 4° colocado em ranking de maior percepção de inflação pela população. Para 73% dos brasileiros, o custo de vida aumentou nos últimos 6 meses.