Centenas de funcionários públicos alemães são forçados a deixar a Rússia

© NATALIA KOLESNIKOVA / AFP

Centenas de funcionários públicos alemães, que trabalham principalmente nos setores de educação e cultura, terão que deixar a Rússia nos próximos dias a pedido de Moscou, informou uma fonte do governo alemão neste sábado (27).

A medida acontece depois da decisão das autoridades russas que impõe à Alemanha reduzir significativamente seu pessoal diplomático e instituições públicas, como o centro cultural Goethe Institut e a escola alemã em Moscou, até ao início de junho, acrescentou.

Esta fonte confirmou a informação revelada, a princípio, pelo diário alemão Süddeutsche Zeitung, que cita uma "declaração diplomática de guerra de Moscou" a Berlim. É "uma decisão unilateral, injustificada e incompreensível", reagiu o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.

Após uma recente redução da presença dos serviços secretos russos na Alemanha, sob pressão de Berlim, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia estabeleceu "em abril um teto para o número de pessoal diplomático alemão e organizações públicas" autorizados a permanecer na Rússia, explicou a mesma fonte.

“Este limite estabelecido pela Rússia [que deve entrar em vigor] desde o início de junho implica grandes cortes em todas as áreas da presença alemã”, de acordo com o Ministério, que não forneceu, no entanto, dados sobre o número de pessoas envolvidas. Mas uma fonte do governo especificou que a informação do Süddeutsche Zeitung, que cita centenas de pessoas, estaria "correta".

Presença diplomática


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