Caminhoneiros criticam redução do ICMS e mantém greve
Caminhoneiros não aprovaram a redução do ICMS sobre combustíveis
Medida anunciada hoje pela Confaz é ineficaz, segundo a categoria
Greve está mantida para dia 1º de novembro
A redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) anunciada nesta sexta-feira (29) não agradou os caminhoneiros. Segundo a categoria, a medida é ineficaz para resolver o problema principal do aumento do preço dos combustíveis. As informações são do UOL.
Edvan Ferreira, uma das lideranças no Piauí, disse que a redução é paliativa e que a única coisa que surtirá efeito é a revisão da política de preços por parte da Petrobrás.
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"Congela-se o ICMS, e o PPI (Preço de Paridade de Importação) continua. Significa perda de arrecadação para os estados e lucros para os acionistas [da Petrobras]", disse.
Em Recife, Marconi França, líder dos caminhoneiros na capital, criticou que “Isso é governo querendo passar mel na boca da categoria. Congela por 90 dias e, depois, eles aumentam o que ficou congelado. Idiota é quem acredita nessas promessas de governo”.
De acordo com França, a paralização segue marcada para o dia 1º de novembro e que a adesão “está animadora, bastante grande”. A categoria já dá indício de greve há mais de um mês, sendo que as principais demandas são a redução do preço do diesel, e a inclusão da categoria no sistema de aposentadoria especial.
A decisão da redução do ICMS foi tomada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) durante a 339ª Reunião Extraordinária. A medida terá duração de 90 dias.