Brasil, Ucrânia, Rússia, Europa: uma equação complicada
Imaginemos uma equação matemática assim disposta: (Ucrânia + EUA, OTAN e aliados) contra Rússia / China e Brasil. O resultado seria ainda uma incógnita. O fato é que ninguém sabe como esta guerra vai terminar, nem quando. O secretário-geral da ONU António Guterres sentenciou: a paz está longe, porque ambos os lados do conflito ainda “estão convencidos de que vão vencer”.
Flávio Aguiar, analista político
Diante desta expectativa, a insistência com que o governo brasileiro insiste em falar em paz pode parecer uma retórica vazia, embora acompanhado pela China. Mas não é bem assim. Em matéria de geopolítica e diplomacia as coisas são mais complexas.
A posição brasileira de não enviar armas para Kiev pode suscitar críticas por parte dos Estados Unidos e seus aliados europeus. Mas estas críticas, curiosamente, são mais veementes entre os governados do que entre os governantes. O fato é que por onde passem o presidente Lula e seu assessor especial Celso Amorim são recebidos de braços abertos, com ou sem críticas, de Washington a Moscou, de Buenos Aires a Pequim.
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