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Taxa de desemprego no Brasil tem 1ª alta em um ano e vai a 8,4% no tri até janeiro

Mulher coloca currículo em caixa ao lado de anúncios de empregos, em São Paulo, Brasil

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil iniciou 2023 com aumento da taxa de desemprego no trimestre até janeiro pela primeira vez em um ano, em meio a um esgotamento da recuperação diante da reabertura econômica após a pandemia de Covid-19 e dos efeitos do aperto monetário.

A taxa de 8,4% divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra aumento em relação aos 8,3% vistos no trimestre imediatamente anterior, de agosto a outubro.

É o primeiro avanço desde o trimestre encerrado em janeiro de 2022 e também representa alta ante a taxa de 7,9% registrada no quarto trimestre de 2022, até dezembro.

Ainda assim, é a mais baixa para o período de novembro a janeiro desde 2015 e fica bem abaixo dos 11,2% vistos no mesmo período do ano passado.

A expectativa em pesquisa da Reuters para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua era de uma taxa de desemprego de 8,3%.

Resultados econômicos positivos e a reabertura após a pandemia deram fôlego ao mercado de trabalho no ano passado, apresentando inclusive aumento da formalidade.

No entanto, os efeitos defasados do aperto da política monetária --a taxa básica Selic saiu do menor nível histórico de 2% e está atualmente em 13,75%-- e a desaceleração econômica global tendem a pesar sobre o cenário.

"A pesquisa confirma a tendência de piora que esperávamos na desocupação e mostra os efeitos da desaceleração da economia no emprego", avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Ainda no período, a renda real habitual cresceu 1,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, para 2.835 reais, e 7,7% na comparação anual.

No trimestre encerrado em janeiro o número de desempregados no país era de 8,995 milhões, o que representa uma queda de 0,3% ante os três meses até outubro e de 25,3% sobre o mesmo período do ano anterior.

Mas o total de ocupados também caiu na comparação com o trimestre imediatamente anterior, 1,0%, alcançando 98,636 milhões, embora isso represente um avanço de 3,4% sobre os três meses até janeiro de 2022.

"A perda da ocupação é um movimento sazonal e típico dessa época do ano. Janeiro com dados de novembro e dezembro ainda é cedo para taxar uma perda de força ou tração no mercado de trabalho", disse a coordenadora do IBGE Adriana Beringuy.

"O comportamento do mercado vai responder à dinâmica da economia e temos que esperar essa sazonalidade para ver para onde vai esse mercado de trabalho", acrescentou ela.

Segundo Beringuy, "é possível perceber de uma maneira mais acentuada a perda de ocupação das atividades de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com uma retração de 272 mil pessoas; e de Administração pública, educação e saúde, com perda de 342 mil pessoas", referindo-se à comparação com o trimestre até outubro de 2022.

O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,7%, igualando o percentual alcançado no mesmo trimestre de 2016.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somavam 36,813 milhões, alta de 0,5% sobre o trimestre até outubro, enquanto os que não tinham carteira eram 13,108 milhões, queda de 2,0%.