Brasil registra média móvel de mortes de 961 por Covid-19, segundo boletim do consórcio da imprensa
RIO — No mesmo dia em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial de duas vacinas no Brasil e a vacinação teve início, o país registrou 518 novas mortes nas últimas 24 horas. No total, são 209.868 vidas perdidas desde o início da pandemia. Também foram registrados 26.400 novos contágios, totalizando 8.483.105 casos.
Por unanimidade, a Anvisa aprovou neste domingo a autorização para uso emergencial de duas vacinas contra Covid-19 no Brasil. Todos os cinco integrantes da Diretoria Colegiada (Dicol) do órgão votaram a favor da aplicação dos fármacos. A sessão, iniciada às 10h, foi concluída por volta das 15h20m.
Com a decisão da Anvisa, a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a capitaneada pela Fiocruz poderá ser aplicada em grupos específicos a partir do momento que o laboratório produtor for comunicado, o que deve acontecer ainda neste domingo. De acordo com a Anvisa, no caso da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a aplicação está condicionada à assinatura de um Termo de Compromisso e sua publicação no Diário Oficial da União.
Minutos depois, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, se tornou a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Ela foi imunizada com a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Ela e outros profissionais de saúde indicados por hospitais públicos e que trabalham na linha de frente do combate à Covid-19 começaram a ser vacinados pelo governo de São Paulo.
No entanto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que iniciará a distribuição de doses de vacina contra Covid-19 na segunda-feira a partir das 7h, com ajuda das Forças Armadas e, assim, a campanha de vacinação no país começará na quarta-feira.
O Ministério da Saúde pediu ao Instituto Butantan, instituição ligada ao governo de São Paulo, o envio de cerca de 6 milhões de doses a Brasília, para que o produto seja distribuído aos governos locais.
O outro imunizante aprovado para uso emergencial pela Anvisa, a vacina de Oxford, não está ainda disponível no país. O governo federal chegou a anunciar que 2 milhões de doses seriam trazidas da Índia, mas o plano atrasou. Pazuello afirmou que espera que o lote chegue ao país ainda no início desta semana.