Brasil no G7 significa retorno do país aos trilhos da democracia e oportunidade de negócios, dizem analistas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Hiroshima na manhã desta sexta-feira (19) para participar do encontro do G7. O convite partiu do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, já que o país ocupa a presidência rotativa do bloco. Lula havia sido o último chefe do executivo brasileiro a se juntar ao G7 em 2009.
Raquel Miúra, correspondente da RFI em Brasília
A participação do Brasil como convidado na reunião do G7 tem vários significados e aspirações: do retorno do país à ribalta das relações internacionais ao pragmatismo de enxergar na relação com o mundo uma forma de alavancar a economia interna. Além disso há o reconhecimento de que a maior nação latino-americana se afastou dos discursos antidemocráticos que marcaram sua imagem nos últimos quatro anos, como ressaltou à RFI o especialista em relações internacionais Gustavo Glodes Blum, pesquisador visitante na Universidade de Coimbra, em Portugal.
“O G7 se apresenta hoje não mais como as sete maiores economias do mundo, principalmente pela ascensão econômica da China, mas também pela Rússia e mesmo países como Arábia Saudita, que têm um dinamismo às vezes maior que alguns países europeus e da América da Norte. Mas se mostra como as democracias mais ricas do mundo. E essa mudança, que se delineou mais com a invasão russa à Ucrânia, tem um aspecto interessante ao trazer o presidente Lula de volta ao encontro. O Brasil é recebido como um país que defende sua democracia, ao contrário do que foi visto nos últimos quatro anos”.
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